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Liberdade para informar, não tumultuar

Editorial: Transtornos passageiros, benefícios permanentes

exercício da atividade de imprensa profissional exige de seus praticantes um conjunto de princípios que nem sempre aqueles que se consideram “veículos de comunicação” são capazes de atender.

Aos órgãos de imprensa cabe noticiar, jamais tumultuar. E isso se torna ainda mais vital em tempos de redes sociais, que tornam a comunicação instantânea entre o telespectador e aquele que se dispõe a levar a notícia.

O jornalismo profissional nos tempos atuais não pode ser uma espécie de picadeiro em busca de visualizações nessa ou naquela rede social. A notícia precisa ser dada com o máximo de precisão possível, com empatia e, principalmente, objetivando trazer luz a eventual problema.

Tal responsabilidade se torna ainda mais necessária no acompanhamento de pautas sensíveis, como aquelas da área de segurança pública, assistência social e saúde. Isto porque a imprensa é procurada para cobertura desses temas em momentos que os personagens estão extremamente fragilizados, precisando de acolhimento e, na medida do possível, ajuda para resolução de tal problema.

E não se pode acolher e ajudar jornalisticamente esse ou aquele personagem se o profissional da imprensa se mostra mais exaltado do que sua fonte primária. Não se pode colaborar para resolução de um problema gerando ainda mais confusão no local do fato. Não se pode levar a coletividade informação com precisão se o jornalista não está disposto a analisar o contexto da situação e nem é preparado para ouvir, apurar, contextualizar.

Jornalismo não é circo. Jornalismo não é MMA. Jornalismo não é ofensa gratuita. Jornalismo é coisa séria e precisa ser praticado com responsabilidade, ainda mais em tempos que ninguém está realmente bem e que todos estamos efetivamente precisando de um pouco mais de compreensão.

Pensemos todos nisso e boa leitura!

Publicado na edição 1304 – 28/03/2022

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