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Perguntaram-me dia desses qual seria o câncer a ser extirpado da administração pública de Araucária atualmente. Pensei um pouco sobre o assunto e constatei que, infelizmente, se um dia houve apenas um tumor primário, hoje este originou metástases.

E, para piorar o quadro da paciente Araucária, a metástase apareceu mesmo antes da cura do tumor primário e, como em muitos casos de câncer, as novas células neoplásicas são bem mais agressivas.

Se um dia dissemos que o câncer da administração pública local era a grande quantidade de cargos em comissão tanto na Prefeitura quanto na Câmara, hoje é possível dizer que aquilo era apenas um tumorzinho de pele. Hoje, temos células cancerígenas bem mais graves para tratar. Isto claro, não quer dizer que devamos deixar de lado o câncer de pele, mas eis aí um problema que já está em remissão.

Os novos cânceres são bem mais agressivos e urgentes. Por exemplo, como tratar o maldito tumor do gasto excessivo com a folha de pagamento do funcionalismo, que consome mais da metade da receita do Município? E, o pior, como tratar isso antes que a paciente Araucária morra? Porque é isso o que está acontecendo. A cada mês, mais e mais dinheiro é dispensado com o pagamento dos salários dos nosso quase cinco mil funcionários e, a cada mês, temos a impressão de que segue faltando funcionários nos centros de saúde, nos Cmeis, escolas e assim por diante. E, no caso do funcionalismo, estamos falando de um tipo de tumor já em estágio avançado e que insiste em ser ignorado pelos nossos governantes.

Outro câncer de nosso Município é o gasto com o transporte coletivo, que deve alcançar no ano que vem a faraônica cifra de R$ 80 milhões. Algo inadmissível! Eis aí outro caso de tumor que sempre esteve sugando as energias da pobre paciente Araucária, mas como ela era robusta, forte, ninguém nunca se atentou para a maldita da doença, mas agora que há outras metástases pelo corpo de nossa gentil tindiquera, é mais do que urgente submetermos essas células a uma radioterapia.

Há que se falar ainda de vários outros tumores, menores, mas não menos perigosos, como as ocupações irregulares de áreas de nosso Município, como aquelas que vemos na região do Arvoredo, o crescimento desenfreado de nossa área rural, a falta de uma política séria de enfrentamento aos casos de uso de drogas ilícitas, de planejamento familiar, entre outras.

E, é justamente em virtude de termos todos essas metástases surgindo no organismo da Cidade Símbolo do Paraná que precisamos tomar muito mais cuidado com as eleições que se avizinham. Afinal, não se combate um câncer colocando outra célula cancerígena no corpo da paciente. Tomemos cuidado!

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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