A Justiça decretou na tarde desta sexta-feira, 12 de fevereiro, a prisão preventiva de Lecsandro Emílio da Silva Soares, 29 anos. Ele era namorado de Morgana Truber, 38 anos, que morreu na última quarta-feira, 10 de fevereiro, num acidente de trânsito no Contorno Sul, em Curitiba.
Morgana, que era gerente da agência local do Banco Santander, estava com o Lecsandro num veículo BMW. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu no trecho do Contorno Sul que fica no CIC.
Lecsandro havia sido preso em flagrante logo após o acidente, já que o teste do bafômetro apontou que ele possuía 0,51 mg/L de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, o que caracteriza condição de embriaguez. Desde então ele aguardava a decisão da Justiça sobre sua soltura ou conversão da prisão em preventiva.
Preso, Lecsandro afirmou aos policiais que atenderam a ocorrência e na Delegacia que quem dirigia o carro era Morgana. A versão, porém, é questionada já que o corpo de sua namorada estava no banco do passageiro e em razão da distância entre o banco e o volante do carro. Segundo a PRF, o espaçamento era compatível com a estrutura corporal de Lecsandro e não de Morgana.
Todas essas situações fizeram com que o Ministério Público pedisse que Lecsandro tivesse sua prisão em flagrante convertida em preventiva. Entre os crimes que estão sendo imputados a ele estão o de homicídio culposo, embriaguez ao volante e o de dirigir sem CNH.
A conversão da prisão em flagrante em preventiva foi decretada pela juíza Gabriela Scabello Milazzo. Entre os argumentos utilizados pela magistrada estão o de que o crime apurado abala a ordem pública de forma direta, causando intranquilidade e vulnerabilidade do meio social. Ela escreveu ainda: “soma-se a isso, ainda, a evidente necessidade do adequado esclarecimento quanto aos fatos, visto que, embora o autuado negue que estivesse na direção do veículo, o corpo da vítima foi encontrado posicionado no banco do passageiro, sobrevindo, daí, muitas divergências a respeito. Portanto, a periculosidade do agente, demonstrada, no caso, pela própria conduta em tese perpetrada e por seus antecedentes criminais, os quais atestam notória reiteração delitiva, autoriza e recomenda a prisão cautelar, como forma de assegurar o bom exercício da justiça, implicando na garantia da ordem pública”.
Morgana foi sepultada na tarde desta sexta-feira no Cemitério Independência.