Não tem como dar certo!

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Existem pessoas que moram em Araucária por falta de opção. Eu, moro em Araucária porque gosto daqui. Mas, confesso, certas coisas que acontecem nesta cidade me dão uma vontade desesperada de arrumar minhas trouxas e ir embora.

Calma, não se animem, esta vontade passa em alguns segundos, então daqui não saio daqui ninguém me tira. Amar viver em Araucária, no entanto, não me impede de constatar que esta cidade não tem como dar certo. Não, sendo gerida da maneira temerária dos últimos vinte, trinta anos.

Afinal, como esse Município pode dar certo com milhões sendo gastos em ações de governo que não se justificam, que não darão retorno a coletividade em médio, longo prazo. Que não resultarão numa nova geração de araucarienses mais preparada para encarar os desafios que o mundo atual impõe.

Digam, pelo amor de Deus, como esta cidade pode dar certo se nem em tempos de finanças apertadas como agora, conseguimos gerir de maneira responsável nossos recursos. Sim, porque manter uma única linha de ônibus como a Tupy-Pinheirinho ao custo de R$ 10, R$ 15 milhões não é gestão responsável. Manter um quadro de mais de cinco mil funcionários sem qualquer tipo de controle de frequência é irresponsabilidade. Não exigir desses servidores um mínimo de resultados que possam ser medidos de maneira objetiva é jogar o dinheiro público no lixo. Pagar altos salários para cargos em comissão sem exigir deles um mínimo de qualificação é outro sacrilégio. Não acabar com a safadeza do dia sem vínculo de professores então, nem se fala. Manter dezenas de imóveis locados, vários deles sem a mínima necessidade é outro crime. Do mesmo modo, ter uma Câmara com onze vereadores e praticamente cem cargos em comissão também é um disparate. Maior disparate ainda é a constatação de que temos um Poder Legislativo que custa R$ 32 milhões ao ano, o que faz dos nossos edis – talvez – os mais caros do país.

Enfim, enquanto não encararmos esses problemas, enquanto não reconhecermos que é preciso cortar na própria carne, que o dinheiro público não foi feito para enriquecer alguns poucos empresários, políticos e funcionários, esta cidade não tem como dar certo. Nem adianta tentarmos!
Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima.

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