Autorizada pela presidência do Poder Legislativo, Simeri de Fátima Ribas Calisto, coordenadora geral do Sindicato dos Professores de Araucária (Sismmar), ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 13 de maio, para reclamar de duas situações relativas à Educação do Município.

Fora de sala

Uma das reclamações foi com relação ao número de professores que, segundo a direção do Sismmar, estariam fora de sala de aula, exercendo funções administrativas na sede da SMED e também em outras secretarias municipais. Segundo Simeri, em razão disto estariam faltando professores para dar aula em diversas escolas municipais da cidade.

Teletrabalho

Outra reclamação foi com relação a demora de envio à Câmara do projeto de lei que institui a possibilidade de os professores fazerem a chamada hora-atividade de suas casas, por meio do chamado teletrabalho. Segundo Simeri, existiria um compromisso da Prefeitura de restabelecer tal possibilidade de forma urgente, sendo que até o momento isso não aconteceu.

Valter pra cima

Entre os que comentaram a fala de Simeri esteve o vereador Professor Valter Fernandes (Solidariedade). Ele não poupou críticas à direção da Secretaria de Educação, ocupada por uma companheira de partido. Afirmou que nunca recebeu tantas denúncias ao modo como a pasta é gestada como agora.

Em sala de aula

Outro que abordou o tema foi o vereador Pedrinho da Gazeta (PSD). Ele afirmou que é um absurdo que professores concursados para dar aula estejam em desvio de função. Ressaltou que embora a prática seja antiga, e preciso acabar com isso. “Se a pessoa fez concurso para ser professor, tem que estar na sala de aula e não atrás de uma mesa fazendo serviço administrativo”, afirmou.

Tati defendida

O ataque de Valter ao comando da Secretaria de Educação não foi corroborado pela maioria dos vereadores. Muito defenderam a gestão de Tati Assuiti (Solidariedade), que também é vice-prefeita. Os pró-Tati pontuaram que a SMED é uma pasta complexa e que assumir seu comando é um desafio. Desafio este que a vice-prefeita teve coragem de aceitar enquanto outros declinaram.

Nota de rodapé

A frase dita por alguns edis, principalmente o presidente da Câmara, Pastor Eduardo Castilhos (PL), acerca da coragem de Tati em aceitar o desafio enquanto outro não, pode ser entendida como uma indireta ao próprio Valter. Isto porque, não é segredo, que ele foi convidado para ser secretário de Educação, mas não aceitou. Desde então – dentro do Poder Legislativo – tem sido a principal pedra no telhado da SMED.

Edição n.º 1465.