O perigo da volta às aulas e a síndrome rara que afeta crianças que tiveram Covid

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

No Reino Unido, mais de 100 crianças já foram parar em hospitais devido à uma síndrome rara que está aparecendo nos pequenos semanas após terem contraído a Covid-19, de acordo com as informações do jornal The Guardian. No Brasil, o mesmo está acontecendo em Minas Gerais, onde 62 crianças apresentaram a mesma síndrome, de acordo com informações do G1.

Trata-se da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada à Covid-19 (SIM-P). Os sintomas incluem febre, pressão baixa, dores no abdômen e manchas na pele. Essa síndrome já tinha surgido no Reino Unido no início da pandemia e surgiu agora com mais força devido ao aumento dos casos de coronavírus no país.

De acordo com médicos e especialistas, os sintomas costumam surgir cerca de 30 dias após a infecção pela Covid-19 e os casos mais graves da SIM-P podem evoluir para uma infecção generalizada, o que coloca em risco a vida dessas crianças. A estimativa é de que uma a cada 5 mil crianças tenham desenvolvido a nova síndrome após ter contraído o coronavírus no Reino Unido.

Neste momento, o Brasil também passa por uma enorme onda de infecção e, nesta segunda-feira (08), registrou mais de 630 mortos por Covid-19. Portanto, é essencial que os governantes levem em consideração a realidade do nosso país, que não está preparado e não possui estrutura e nem protocolos adequados para o retorno das aulas presenciais.

Em Campinas, ao menos três escolas privadas registraram casos de infecção por coronavírus e tiveram que voltar atrás na decisão de voltar com as aulas presenciais no dia 25 de janeiro. A situação mais grave foi registrada em uma escola que teve 37 funcionários e 5 crianças infectadas pela Covid-19.

Enquanto muitos prefeitos e governadores vêm decretando o retorno das aulas presenciais, também vale lembrar que o Brasil sofre com um aumento no número de casos e internamentos de crianças até dez anos. De acordo com um levantamento da Vital Strategies, entre março e outubro de 2020, 6.303 crianças com até dez anos foram hospitalizadas no país por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) causada pela Covid-19.

Essas informações reforçam que agora ainda não é um momento seguro para voltar com as aulas presenciais. Isso porque, além dos professores, funcionários de escolas e seus familiares que serão expostos ao vírus sem necessidade, as crianças também correm risco ao retornarem às escolas e creches antes da vacinação.

Por isso, o SISMMAR segue firme em defesa da vida! Retorno seguro somente com testagem em massa e vacina para todos!

Publicado na edição 1248 – 10/02/2021

O perigo da volta às aulas e a síndrome rara que afeta crianças que tiveram Covid
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