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O Ressuscitado se manifesta em comunidade

As diversas aparições de Jesus após a ressurreição foram em comunidade e no primeiro dia da semana, ou seja, num domingo. A mais emblemática se refere a Tomé, que não estava presente quando Jesus se manifestou aos discípulos, que lhe contaram depois com muita alegria que tinham visto o Senhor. Uma semana depois, reunidos em comunidade, novamente no primeiro dia da semana, e, desta vez com a presença de Tomé, Jesus lhes apareceu. Tomé, movido pela alegria surpreendente, exclamou: ‘Meu Senhor e meu Deus’. E Jesus lhe respondeu: ‘acreditaste porque me viste; felizes os que creem sem terem me visto’.

Desde o inicio da pregação do evangelho por parte dos apóstolos, eles se reuniam, juntamente com os cristãos batizados, no primeiro dia da semana para celebrar, em torno da palavra e do pão. E, neste dia, domingo, acontecia também a partilha que era endereçada para as pessoas mais carentes e necessitadas da comunidade. Nos primeiros séculos do cristianismo, os cristãos se reuniam somente no domingo, para celebrar a Páscoa, a passagem da morte para a vida, ou seja, a ressurreição do Senhor, que venceu a morte e agora vive para sempre no meio da comunidade.

Claramente, o ressuscitado vive em comunidade, e, sempre onde dois ou três estiverem reunidos em seu nome, ele está presente. Muitos católicos dizem que não participam da comunidade, mas rezam em casa. Rezar sempre é muito importante e necessário, mas, esta oração individual não substitui a oração em comunidade. Quem reza todos os dias, mas, não participa da comunidade, podemos dizer que é um homem de fé, mas não faz a experiência do ressuscitado. É ali, reunidos na comunidade de fé, todos os domingos, que nós experimentamos a alegria da presença do Cristo ressuscitado.

Diante da pandemia que nos assola, e, pior, que pede de nós um distanciamento social, sem aglomeração, nos sentimos como que impotentes, pois, nos falta o contato, o abraço e o encontro fraterno. Claro, tudo isso é passageiro, e, um dia, em breve, poderemos novamente sentir a alegria de estarmos juntos, reunidos, como irmãos. Estamos vivendo um tempo anormal, que nos distancia uns dos outros, mas, neste momento, é o nosso modo de vivermos irmanados. É o nosso jeito de manifestarmos o nosso amor pelo próximo e por nós mesmos. É paradoxal, mas é o nosso compromisso de amor uns pelos outros.

Felizmente, hoje nós temos as redes sociais, que nos possibilitam o encontro virtual. Não é a mesma coisa, com certeza, mas é o nosso modo de estarmos unidos uns com os outros, rezando na assembleia doméstica. Muitos cristãos até fizeram uma capelinha em sua própria casa e, mesmo distantes do contato com os irmãos de comunidade, estão unidos em pensamento e sentimento com os demais. Tudo isso vai passar e, em breve, estaremos novamente juntos, para expressar a nossa fé no Cristo ressuscitado.

O Senhor ressuscitou e está vivo entre nós. Daqui um tempo, estaremos novamente juntos no domingo, para celebrarmos como irmãos a alegria de sermos cristãos. Tudo isso vai passar e, vacinados, poderemos expressar, através do abraço, do aperto de mão, a alegria da presença do Cristo ressuscitado. Vamos nos cuidar, porque todo cuidado é pouco neste momento, mas, logo estaremos unidos, alegres, celebrando todos os domingos a experiência da vida, num clima de festa, por que cremos na ressurreição e na vida eterna. Amém. Aleluia.

Publicado na edição 1256 – 08/04/2021

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