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O show começou

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Araucária, embora seja o município com a maior renda per capita do Estado do Paraná, vive uma crise financeira sem precedentes. O prefeito insiste em afirmar que a falta de dinheiro é conse­quên­cia da queda da arrecadação de impostos que, por sua vez, estaria acontecendo devido à crise pela qual o país passa. Mas quando começamos a comparar o desempenho da atual administração e também das anteriores, chegamos facilmente à conclusão de que nosso problema não é falta de dinheiro, é falta de gestão. E não só desta, mas das anteriores também.

Vemos muitas e muitas cidades pelo estado e também pelo resto do país com estrutura de receita bem menores que Araucária, mas com as ruas limpas, os próprios públicos bem cuidados, pintados e em perfeito funcionamento, com poucas filas nos postos de saúde, creches ou escolas. Nestas cidades o que se vê é o dinheiro disponível sendo usado de maneira responsável, gasto apenas com coisas necessárias e com total transparência.

É visível também nestes municípios a participação da comunidade nas reuniões onde será decidido o que fazer, quais as prioridades. Isso funciona bem onde os políticos entendem a importância dessa participação e se submetem, dando satisfação de seus atos. Exercitam a transparência, respeitam as opiniões e têm foco nos problemas.

Isso é um sonho para o araucariense médio que já se acostumou com prefeitos fazendo o que bem querem apenas para garantir votos. Por aqui é comum os administradores concederem aumentos absurdos de salário aos servidores, sem se preocupar se num futuro próximo vai ter dinheiro para pagar. Ou criar obras lindas e caras, mas inúteis.

Por aqui, ninguém se dá ao trabalho de dizer o que pretende fazer. Mesmo em período eleitoral, como o que se avizinha, conseguimos nos dar ao luxo de ter candidatos debatento o futuro da cidade, o que deve ou não ser feito.

Infelizmente o que se vê por aqui são bate bocas onde o nível é cada vez mais baixo, mais rasteiro, coisa que provoca nojo até nos eleitores com estômago mais forte, ou então a total omissão de intenções, o silêncio. A reportagem da página quatro desta edição não é algo do que se possa orgulhar, mas é nossa triste realidade. Tomara que nem todos os candidatos ao cargo maior de nosso município enveredem por este caminho. E tomara que a população tenha sabedoria para separar o joio do trigo, isto é, quem está realmente preocupado com o futuro de Araucária. Pense nisso e boa leitura.