Paciência – virtude do amadurecimento. As pessoas são do jeito que são. A sociedade é do jeito que é. O mundo é do jeito que é. A natureza é do jeito que é. E por mais que fiquemos impacientes nada faz com que a vida gire ao nosso redor e ande no nosso ritmo. Inútil sofrer por isso.
Aceitar que não estamos sob o controle de nada, nem das pessoas, nem do tempo, nem da natureza, nem da sociedade, muito menos de Deus. Isso é humildade, o oposto de arrogância. A impaciência revela nossas arrogâncias.
Impaciência é consciência infantil, que não admite esperar: quer tudo aqui e agora e do seu jeito.
Precisamos de muita paciência com quem é muito paciente e de muita paciência com quem é hiper acelerado.
Paciência com o ritmo de ser e de fazer do outro. Paciência com o estágio evolutivo do outro.
Isso vale também para o outro. Paciência conosco por não termos tanta paciência, ou por termos muita paciência, por sermos do jeito que somos. Nós também estamos no nosso nível evolutivo.
Talvez o mais desafiador seja paciência com nós mesmos/as, com algumas escolhas indevidas, e paciência com o que colhemos, pois é somente resultado do que escolhemos semear.
Estar disponível para mudar, para evoluir, mas com paciência e consciência, e fazer com coragem, com humildade, com amorosidade.
Respeitar, com serena paciência, as estações do coração, que nem sempre são lineares; acolher os outonos e as primaveras, o frio e o calor, as tempestades e as bonanças, a brisa e o vento…
Paciência com o nosso corpo. Ele tem suas fragilidades e suas necessidades. E nós nem sempre cuidados bem dele.
Muitas vezes o envenenamos com alimentos, emoções, pensamentos inadequados: escolhas tóxicas.
Ter sempre consciência da presença de Deus, reconhecer que somos seres espirituais fazendo a experiência humana, para aprender a amar e a evoluir, com paciência.
Paciência e Paz.
Texto: Lauro Daros
Publicado na edição 1278 – 09/09/2021