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Padre André Marmilicz: Jesus ressuscitou! Aleluia!
Foto: Divulgação

Deus tanto amou o mundo, que enviou seu próprio Filho para salvar a humanidade. Deus se faz homem e vem habitar entre nós, assumindo a nossa própria carne, vivendo a mesma condição humana, menos o pecado. Através das suas palavras, dos seus gestos e de suas ações, vai revelando o verdadeiro rosto do Pai. Tudo o que ele falou e tudo o que ele fez, é o próprio Deus agindo através dele. Ele é o Filho amado, enviado para revelar ao mundo o verdadeiro rosto do Pai. E Jesus é todo amor, bondade, acolhida incondicional, compaixão e misericórdia. Vai ao encontro daqueles que são abandonados e excluídos da sociedade, dos mais sofredores e pecadores. Tudo o que aqui ele deixou, impactou o mundo e tornou-se um caminho a ser seguido.

No entanto, esse jeito de ser de Jesus e de falar do Pai, mexeu com aqueles que eram os detentores do poder espiritual, sobretudo, os fariseus e os doutores da lei. Esses eram os grandes conhecedores do Antigo Testamento, mas, viviam guiados pela lei, que julgava e condenava as pessoas. Lhes faltava o essencial: o amor ao próximo. Eles eram frios e indiferentes com o sofrimento alheio, sem se importar com suas dores e necessidades, Jesus vai sentir compaixão do povo, porque eram como ovelhas sem pastor. E esses homens do campo religioso, condenaram a Jesus, porque agindo movido pelo amor, se dizia, se declarava como o enviado do Pai, o Messias, o Filho de Deus. E pior, muita gente seguia a Jesus causando medo naqueles que se consideravam os defensores da moral e da religião. Decidiram então eliminar Jesus, imaginado que isso afastaria e dispersaria todos os seus seguidores.

Preso de modo injusto, Jesus foi duramente torturado, como o pior de todos os malfeitores dessa terra. O que se viu foi um ódio estampado no rosto daqueles que se consideravam os perfeitos, os defensores da moral. De modo violento, bruto, nunca visto na história, o Mestre se viu só, abandonado pelos apóstolos e por todos aqueles que antes o aclamavam como o rei dos reis. Somente João e algumas mulheres permaneceram fiéis até o fim. Quanta dor! Quanto sofrimento! Em nenhum momento Jesus reclamou, murmurou, mas aguentou em silêncio, sabendo que o seu sofrimento iria salvar a humanidade. Depois de ter sofrido dores tremendas, ele morre na cruz, como o pior dos malfeitores. De certo modo, os defensores da lei, os moralistas, os religiosos da época, sentiram um certo alivio. Haviam eliminado aquele que os incomodava com seus gestos de amor e seus profundos questionamentos a respeito das suas práticas, sem nenhuma compaixão com os mais sofredores.

Quando tudo se fez trevas, a noite caiu sobre a terra e tudo parecia ter chegado ao seu final, brotou uma grande e surpreendente esperança: Jesus Ressuscitou. A morte foi vencida e a vida triunfou. Rapidamente essa certeza e essa convicção se espalhou e, movidos pelo espirito do Cristo ressuscitado, os apóstolos saíram pelo mundo anunciando a boa nova do evangelho. Apesar das enormes perseguições sofridas pelo império romano, eles seguiram com muita coragem e determinação. A cada dia mais e mais pessoas foram se somando e, a morte de um cristão, era semente de novos cristãos. Hoje nós renovamos a nossa fé na ressurreição e, através da nossa vida, somos chamados a anunciar com alegria o evangelho de Jesus. Ele ressuscitou! Amém! Aleluia!

 Edição n.º 1461.

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