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Pais devem ter cuidado ao lidar com boataria acerca de ameaças a escolas e CMEIS

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A Secretaria Municipal de Educação (SMED) divulgou nesta quinta-feira, 12 de abril, uma série de orientações aos pais e à comunidade escolar como um todo sobre como lidar com a boataria que tem tomado conta de grupos de whatsapp e outros aplicativos acerca de eventos anormais em escolas e CMEIS de Araucária.

Entre as fakenews que mais incomodaram estava uma que especulava sobre um atentado a um centro municipal de educação infantil no jardim Califórnia e a que tratou uma briga entre estudantes de um colégio estadual no bairro Capela Velha como uma tentativa de assassinato em massa. Ambas as notícias eram falsas, mas foram espalhadas sem o devido zelo por pais e comunidade em geral, o que acabou por gerar pânico, ainda mais em tempos como os atuais.

Sobre o assunto, a carta divulgada pela SMED afirma que o momento exige que todas as pessoas realmente preocupadas com os alunos araucarienses entendam que a escola tem uma função social e de fomento à busca da cultura da paz em sociedade. “A escola, para a criança, é um espaço seguro de aprendizado, desenvolvimento e de convívio social, ou seja, é onde os estudantes, além de estudar, fazem amigos, brincam, conversam e se reconhecem enquanto parte de uma comunidade e de uma sociedade, essa é a função social das unidades educacionais”, ressalta o documento.

A secretária de Educação, Adriana Palmieri, afirma ainda que as famílias precisam entender que uma informação tratada de maneira inadequada prejudica a segurança e a rotina dos estudantes. “Os profissionais da educação estão atentos a possíveis sinais de alerta. Juntamente com a Secretaria de Segurança Pública estamos organizados para enfatizar a proteção da comunidade escolar, buscando a todo tempo a cultura da paz nos ambientes educacionais, de forma a fortalecer a escola como um lugar seguro e de acolhimento. Por isso contamos com o apoio da família para passarmos por este momento de incertezas e fakenews”, analisa.

O documento elaborado pela Secretaria de Educação elenca ainda algumas orientações de como agir em caso de dúvidas ou diante de ameaças, ou boatos. São elas:

1 – Evite falar dos ataques sem base em fatos, principalmente perto das crianças e adolescentes. Em especial, tome cuidado com discussões sobre o assunto em redes sociais. Dessa forma, você contribui para evitar a manutenção do funcionamento de uma engrenagem destrutiva. É mais interessante buscar prevenção e soluções, em lugar de repassar informações, muitas vezes falsas, que podem contribuir para gerar mais medo.

2 – Está preocupado com algum risco ou ameaça? Denunciar na escola e na polícia é efetivo. Nas redes sociais, em especial no Whatsapp, não. Quando você receber mensagens e ameaças, ligue para as autoridades, principalmente para os telefones 153 e 190. Mas você precisa ter informações, como por exemplo: local do suposto ataque, quando, que horas, inclusive informar quem foi o responsável pela informação repassada.

3 – Se encontrar postagens com ameaças em redes sociais, encaminhe o link para polícia e para o Ministério da justiça no endereço: https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura.

4 – Procure por informações e fontes seguras, como a direção das unidades educacionais, a polícia, a secretaria da educação e demais órgãos oficiais, e divulgue a informação correta. Desta forma, evitamos o pânico geral e a disseminação de fakenews.

5 – Evite envolver as crianças nesse processo: procure passar o tempo com outras atividades e busque não deixá-las preocupadas com ir à escola, pois a forma com que elas lidam com o medo é diferente da dos adultos;

6 – Mantenha a calma e aja com cautela. Antes do seu filho ir para escola, acompanhe sempre o conteúdo de sua mochila e os recados que vêm nas agendas: os pais têm a responsabilidade de, juntamente com a escola, zelar pelo bem estar de todos.

7 – Você também pode estar atento a alguns sinais de que, talvez, alguma criança ou adolescente possa precisar de ajuda: se identificar um grande interesse por assuntos relacionados à violência, ou, ainda, forte expressão de preconceitos ou agressividade direcionada a parcelas específicas da população (racismo, machismo, capacitismo, entre outros), procure a equipe da unidade educacional. Vocês poderão, junto à equipe multiprofissional, pensar em estratégias de prevenção e promoção de desenvolvimento saudável para essa criança ou adolescente.

8 – Fique atento ao que as crianças acessam na internet. Isso não significa proibir a utilização e o acesso a recursos eletrônicos, mas sim lembrar sempre que existem conteúdos que não são apropriados para certas idades. O uso de celulares, computadores e demais equipamentos deve sempre estar acompanhado da supervisão de um adulto.

9 – Caso você tenha qualquer objeto em casa que possa ser utilizado como instrumento para a efetivação de violência, em especial armas de fogo, você deve mantê-los longe do alcance das crianças e adolescentes.

10 – É necessário nutrir nas crianças e adolescentes uma sociabilidade saudável: falar sobre as emoções, conversar abertamente sobre as dificuldades da vida (guardando as especificidades de cada idade), promover a compreensão e o diálogo. Nem todos conseguimos fazer isso, por causa da história de vida e forma com que cada um de nós foi criado. Se você identificar que, mesmo como adulto, pode ter dificuldade de tratar desses assuntos (e consequentemente pode não conseguir tratar deles junto aos menores), você também pode procurar a equipe da escola ou sua rede de apoio. Todos precisamos de acolhimento e lidar com o que sentimos, e isso é parte do processo de prevenção à violência em todos os espaços.

11 – A escola e os espaços públicos também podem ser locais onde acontecem situações que não favorecem uma sociabilidade saudável. Se você presenciar qualquer fato onde considerar que há facilitação de violência, procure a direção da unidade educacional para buscar uma solução. Se for necessário, denuncie às autoridades competentes através dos telefones 153 ou 3614-1798.

Edição n. 1358