A insistência da Petrobras quanto à realização da parada de manutenção na refinaria Repar, prevista para o dia 12 de abril, está deixando os sindicatos que representam os trabalhadores indignados. Eles afirmam que a gestão da unidade mantém a parada e coloca vidas em risco, mesmo após três mortes por Covid-19 terem sido registradas na unidade em apenas 10 dias.
Os sindicatos alegam que há evidências de contaminação dentro das instalações. “Deve acontecer uma greve sanitária se não houver uma grande mudança de postura da empresa sobre as condições das instalações e cuidado com as pessoas que circulam na Repar”, avalia Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina. Vale ressaltar que pelo decreto do Governo Estadual, seguem suspensas atividades que causam aglomerações em espaços fechados e por razões corporativas, como é o caso da refinaria.
Ainda segundo os sindicatos, a empresa insiste em continuar a programação do gigantesco procedimento industrial iniciado no último dia 29 de março, e que deve aumentar a partir de 12 de abril, adicionando assim, cerca de dois mil trabalhadores na rotina da unidade. Além disso, os serviços de pré-parada, com cerca de 800 profissionais em oficinas de manutenção e outros ambientes compartilhados, estão em andamento. Ou seja, as aglomerações são inevitáveis nas áreas industriais, andaimes, equipamentos e oficinas.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1256 – 08/04/2021