Araucária PR, , 14°C

Psicopedagoga alerta para os desafios e impactos dos aparelhos eletrônicos na infância e adolescência

Psicopedagoga alerta para os desafios e impactos dos aparelhos eletrônicos na infância e adolescência
Foto: Divulgação

O celular vem sendo cada vez mais usado por crianças e adolescentes, e quase 90% deste público fica conectado à internet. Será que estão se tornando dependentes digitais, e não podemos pensar que haverá́ uma diminuição dessa exposição com o passar do tempo? “A saúde mental das crianças e dos adolescentes vem sendo afetada, pois com o uso dos aparelhos eles tem acesso a qualquer tipo de informação, tanto com influências positivas quanto negativas”, observa a psicopedagoga Marly Aparecida Castella Prochmann, da Clínica São Vicente.

Segundo ela, muitos pais chegam nos consultórios com queixas relacionadas ao uso excessivo dos aparelhos eletrônicos. Com este excesso, ela lembra que as crianças poderão ter distúrbios, pois o senso de orientação para fazer julgamentos, tomar decisões e manter a atenção ainda não estão desenvolvidos. “Estas crianças e adolescentes estão sujeitos a sofrer com a influência negativa dos conteúdos assistidos e que trarão sérias consequências. Sem dúvida, os aparelhos eletrônicos vieram para trazer benefícios e já fazem parte da vida dos jovens. Mas infelizmente, o uso descontrolado está sendo prejudicial e vem trazendo problemas de saúde e de comportamento”, compara.

A psicopedagoga lembra ainda que as crianças recebem grandes estímulos desde muito cedo, tanto sonoros como visuais, que são usados para distraí-las, enquanto pais e responsáveis necessitam fazer suas atividades. São também muito utilizados na hora das refeições, onde a criança não se dá́ conta do que está comendo. “Enquanto ficam de olho na tela, estão perdendo a oportunidade de serem estimulados a aperfeiçoar a coordenação motora, por exemplo, entre tantas outras atividades que trazem benefícios ao seu desenvolvimento”, argumenta.

Limite na exposição

A recomendação médica, de acordo com ela, é que as crianças tenham acesso às telas, a partir dos dois anos de idade, com limite de exposição para que não sofram danos futuros. “Estudos apresentam que o uso excessivo das telas poderá́ diminuir a capacidade de comunicação, socialização e até a capacidade para resolver problemas. Nos três primeiros anos de vida acontece o amadurecimento do cérebro, mas com uso das telas, o turbilhão de informações que está facilmente disponível, poderá́ vir a prejudicar esse desenvolvimento. Muitas crianças apresentam excesso de peso pela falta de atividade física, problemas de visão e de audição, pelo uso do fone de ouvido”, ilustra.

Ainda segundo a psicopedagoga, há também muitas queixas de problemas de aprendizagem, pois as crianças e adolescentes não se dedicam aos estudos, por utilizarem o tempo com aparelhos eletrônicos. “Os pais e responsáveis precisam entender a situação para definir regras quanto ao uso dos aparelhos eletrônicos sob a supervisão de um adulto, e entender a necessidade de resgatar o convívio familiar, brincando e interagindo”, assegura.

Para que as mudanças sejam feitas, a psicopedagoga afirma que é primordial a colaboração dos pais e responsáveis, pois será́ necessário que as pessoas da família também se comprometam em diminuir a conexão da internet. “Os aparelhos eletrônicos e a internet invadiram as casas e se tornaram um grande concorrente com as boas e más influências. Já que vieram para ficar, está na hora de colocar limites neste novo integrante da família. Pais que exercem 15 minutos por dia para brincar e rir, conversar e interagir com as crianças, trarão um benefício para o desenvolvimento de seus filhos”, declara.

Serviço

Consulta com a psicopedagoga Marly Aparecida Castella Prochmann ou demais especialistas da Clínica São Vicente podem ser agendadas pelo telefone: (41) 3552-4000 ou WhatsApp: (41) 98780-1440.

Edição n.º 1425

Leia outras notícias
MEDPREV - SETEMBRO AMARELO