Atuando desde a venda da semente, orientação técnica aos produtores e venda de insumos, passando pelo recebimento, estocagem e beneficiamento até compra na hora da colheita dos cereais, a empresa Sul Agrícola completa neste mês de março 33 anos de atividades.
É hoje uma das maiores do setor na região sul do país e uma referência em qualidade e uso de tecnologia em armazenamento e beneficiamento de grãos.
Fundada em 1983, ficava na avenida Sete de Setembro, em Curitiba, e trabalhava apenas com venda de produtos. Em 2001 surgiu a oportunidade de comprar as instalações da extinta Refinadora de Óleos Brasil, na Avenida dos Pinheirais, bairro Capela Velha, em Araucária, onde funciona até hoje.
Marcando presença
Com essa aquisição a empresa ampliou sua atuação no agronegócio, oferecendo além dos insumos, também os serviços de armazenamento e beneficiamento de grãos para terceiros. Seu faturamento na ocasião, passou de R$ 7 milhões para R$ 70 milhões anuais e ela consolidou sua posição como parceiro estratégico de produtores de milho, soja e trigo.
Atualmente está instalada em uma área de 321 mil metros quadrados e tem uma capacidade de armazenamento de 260 mil toneladas de grãos ao mesmo tempo. Na empresa trabalham cerca de 120 funcionários entre efetivos e terceirizados, nas áreas de vendas, contabilidade, e assistência técnica. “Um grande segredo de nosso sucesso é nossa equipe. Alguns estão conosco há mais de vinte anos”, relata Aquilino Romani fundador da empresa. Enquanto ele é responsável pela área comercial da empresa, seu sócio, César Alves, cuida do setor administrativo e operacional.
Três segmentos
A Sul Agrícola concentra suas atividades essencialmente em três áreas que são comércio de insumos, fertilizantes, sementes e defensivos; serviços de recebimento, estocagem e beneficiamento – limpeza e secagem – de grãos para terceiros e compra e venda de milho, trigo e soja.
Grande porte
Muito estruturada, a área operacional da empresa chama a atenção pela quantidade de tecnologia utilizada. Segundo o gerente de engenharia Darlei Grando, todas as ações, desde a pesagem dos caminhões carregados que chegam direto do campo de colheita na entrada, o transporte interno dos grãos pelas esteiras, o beneficiamento e a estocagem são monitorados em tempo real por uma central de comando automatizada. É possível saber quantas toneladas de cada tipo de grão existe em cada silo, qual sua temperatura e a umidade, minuto a minuto. “Os armazéns seguem padrões de qualidade impostos pelas entidades fiscalizadoras. Eles possuem sensores espalhados em pontos estratégicos que vão enviando informações em tempo real. Mesmo com um armazém cheio, e por acaso notemos alguma variação indesejada de temperatura ou umidade, conseguimos corrigir tudo em duas ou três horas”, explica Darlei. Além da presença dos sensores, os armazéns possuem tecnologia de aeração forçada, o que dá condições de toda essa precisão no controle e os grãos podem ficar estocados ali por até dois anos sem perder suas características.
Agilidade na descarga
No setor de recepção, a Sul Agrícola possui quatro moegas – local onde as carretas são basculadas inteiras – que trabalham independentes umas das outras. Essa estrutura dá conta de descarregar até duzentos caminhões bi trem por dia, algo em torno de 11,4 mil toneladas. Também consegue trabalhar com grãos diferentes ao mesmo tempo. Dali em diante, e por toda unidade, os grãos são transportados por esteira.
Beneficiamento
Para o trabalho de secagem de grãos a empresa usa fornos onde são queimados cavacos de madeira. “O sistema é completamente automatizado, controlado direto da sala de comando. Isso acaba com desperdícios, garante um controle preciso da temperatura e não gera fumaça nem gera resíduos no meio ambiente. Com isso conseguimos garantir um alto padrão de qualidade “, detalha o engenheiro. Ele conta que quase todos os processos e desenvolvimento de tecnologia foram desenvolvidos ali mesmo pela equipe e muitos equipamentos tiveram que ser importados para atender as exigências técnicas.
Responsabilidade social
A Sul Agrícola ainda investe, em parceria com fornecedores e a Assipar – Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários, em uma campanha permanente junto aos produtores na coleta de embalagens de defensivos, a chamada logística reversa, onde o fabricante as recolhe, recicla o plástico e o transforma em conduintes elétricos ou peças para sinalização viária.
FOTOS: MARCO CHARNESKI