Não de hoje temos ouvido muita discussão se pais e/ou responsáveis devem ou não vacinar seus filhos crianças e adolescentes contra o novo coronavírus.
Embora a vacina seja considerada segura pelos órgãos técnicos de saúde, não invariavelmente pais e mães têm manifestado receio na imunização, já que o imunizante é razoavelmente novo no mercado. E nem poderia ser diferente. Afinal a doença como a conhecemos é também razoavelmente nova neste planeta.
Infelizmente, no entanto, a discussão acerca da segurança da vacina tem ficado em segundo plano. Pais e mães que têm receio em imunizar seus filhos parecem estar mais preocupados em brigar contra aqueles que não tem receio do que efetivamente se aprofundar nas leituras e conversas sobre a qualidade do remédio.
É salutar que os pais procurem o máximo de informação possível sobre a vacina pediátrica contra a Covid-19. É salutar que leiam, que conversem com os médicos desses pequenos e assim por diante. O que não é salutar é transformar a criança numa bandeira política de convicções que não são de seus filhos e sim suas.
Da mesma forma, não é certo achar que o poder pátrio é um direito sobre a vida e a morte daquele pelo qual você é responsável até que ele complete a maioridade. Esse direito é unicamente uma responsabilidade sobre a saúde e o bem-estar da criança e do adolescente. E quando falamos em responsabilidade a análise do fazer ou não jamais deve ser feita pelo que você acha melhor pra você e sim o que é melhor por aquele por quem você é responsável.
Por isso, é importante que pais e mães tomem o máximo de cuidado possível com as declarações que dão acerca do que pretendem fazer com seus filhos quando o assunto é vacina. Da mesma forma é necessário evitar a exposição dessas crianças, por quaisquer meios que sejam, pois elas vão conviver com outras crianças e eventualmente a sua posição sobre determinado tema pode ter reflexos no modo como vão tratar seus rebentos. Tenhamos todos muita responsabilidade e boa leitura!
Publicado na edição 1299 – 17/02/2022
