O mês de setembro chegou e com ele uma das campanhas mais importantes de conscientização: a de prevenção ao suicídio. Durante as edições desse mês, o Jornal O Popular trará uma série de matérias sobre o tema, tomando cuidado de não ferir a sensibilidade das pessoas. A preocupação se dá ao fato de que pesquisas evidenciam o impacto das notícias nas taxas de suicídio em alguns países. A primeira abordagem será sobre estatísticas, nas mais diversas esferas.

Em Araucária, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, 8 pessoas tiraram a própria vida em 2024. A taxa representa um percentual de 0,005%, considerando a população estimada pelo Censo do IBGE daquele ano, de 160.038 habitantes. Por outro lado, se considerarmos a taxa padrão em saúde pública, foram registrados 5 suicídios para cada 100 mil habitantes.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, levando em conta o número de suicídios em Araucária, entre 2010 a 2023, observa-se um aumento nos registros que permanece até 2016, período em que as taxas de mortalidade subiram 42%, com o maior incremento ocorrendo entre 2020 e 2021 (11,4%).
É importante ressaltar que, oficialmente, são esses os dados apresentados, no entanto, é necessário considerar que a subnotificação impede que tenhamos uma real noção do quadro de suicídios registrados no Município.

No Paraná, três suicídios são consumados a cada dia, média que vem se mantendo ao longo dos últimos cinco anos, período em que mais de 5 mil pessoas tiraram a própria vida no estado. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Painel de Monitoramento da Mortalidade, do Ministério da Saúde, e compreendem o período de 2020 a 2024.

No Brasil, o cenário também é preocupante: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma morte por suicídio ocorre a cada 45 minutos, totalizando mais de 2.160 óbitos por dia no país. Ainda conforme as estatísticas (números referentes a 2024), a faixa etária mais afetada é entre 17 e 29 anos. Embora mulheres apresentem mais tentativas, homens concretizam mais os suicídios.

IMPORTÂNCIA DA CAMPANHA

O suicídio representa um sério desafio à saúde pública em âmbito global, demandando atenção especial, por isso, a importância da campanha Setembro Amarelo.

Pesquisas revelam que a prevenção do suicídio envolve um conjunto diversificado de intervenções. Estas incluem a promoção de ambientes propícios ao desenvolvimento infantil, adolescente e juvenil, a realização de avaliações precisas e imediatas, o tratamento eficaz de condições de saúde mental e a restrição do acesso a meios potencialmente letais, entre outras medidas.

Edição n.º 1481.