Taxistas de uma empresa terceirizada da Petrobras reclamam de pagamentos atrasados desde o mês de agosto, fato que os impede de honrar com seus compromissos financeiros. De acordo com a classe, a Mega Táxi, empresa de Curitiba que venceu a licitação para prestar serviços de transporte da Repar e da Ansa (antiga Fafen), diz que não efetuou os pagamentos até agora porque não recebeu os repasses da Petrobras.

“Estamos há mais de dois meses trabalhando, abastecendo os veículos e gastando com manutenção, sem receber nada. Nossas contas estão atrasadas e a cada dia a situação fica mais complicada. Fizemos inúmeras cobranças, e se não tivermos um retorno o quanto antes, não descartamos a possibilidade de um protesto. Talvez este seja o caminho para que nossos direitos sejam respeitados”, denunciou um dos taxistas, que preferiu manter seu nome em sigilo.

Outro taxista mencionou que a categoria registrou reclamação na Ouvidoria da Petrobras, na qual constam prints de conversas com e empresa terceirizada, alegando não ter dinheiro para pagar pelos serviços dos taxistas. “Também tivemos a informação de que a Petrobras teria poder de reter os recebíveis e repassar diretamente aos prestadores de serviço, em caso de má fé da empresa contratada”, citou.

Os taxistas recebem por viagem realizada, ou seja, por quilômetro rodado. São em média 40 carros que atendem a Mega Táxi atualmente, e todos eles estão com os pagamentos em atraso.

Em contato com a Mega Táxi, esta nos informou que a causa dos atrasos devem ser atribuída à Petrobras. “Eles não estão fazendo o repasse do dinheiro e, consequentemente, não estamos pagando os taxistas”, declarou o setor executivo da empresa.

Ainda de acordo com os taxistas, na manhã desta sexta-feira (10), a empresa se comprometeu em repassar um posicionamento sobre os pagamentos ainda hoje (sexta). “Eles afirmam que continuam cobrando a Petrobras, inclusive teriam solicitado uma reunião com a companhia, para entender qual o motivo dos atrasos, já que todos os meses a situação se repete”, comentou um taxista.

A reportagem do Jornal O Popular também entrou em contato com a Petrobras, que disse em nota: “No curso de suas operações, a companhia contrata empresas prestadoras de serviços, sem interferir nas relações entre essas empresas, seus empregados e os sindicatos. Reiteramos que todos os contratos de serviço estão em conformidade com a legislação aplicável e sujeitos a rigorosa fiscalização. A Petrobras conduz suas atividades com os mais elevados padrões, priorizando a segurança de seus colaboradores, de seus bens e do meio ambiente”.