Um melhor você para 2017

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Vou usar esse primeiro texto e o fato de ainda estarmos em janeiro para desejar um 2017 mais humano, de todos nós para todos nós.

Que nesse novo ano possamos respeitar mais as vontades alheias e que possamos entender que nossa opinião é só nossa opinião e não deve passar disso.

Que possamos entender que ter um bom celular ou um bom carro não nos dá (nesse caso, te dá) o direito de tratar com arrogância outras pessoas.

Que possamos entender que ser gay não inferioriza ninguém, até porque ninguém te julga pela forma como transa com sua esposa dentro de sua casa.

Que possamos entender que nenhuma mulher sai feliz de casa para realizar um aborto e que essa deve ser, sem dúvidas, a pior decisão que ela já teve que tomar na vida e você ser contra ou a favor não vai melhorar em nada a situação dela nesse momento. Caso seja contra o aborto, não aborte. Mas não dificulte a vida de quem já está tão fragilizada. E o mais importante, não atrapalhe a criação de políticas públicas de saúde para essas mulheres, porque se for pecado, elas se entenderão com Deus, não você.

Que possamos entender que travestis são donas das próprias vidas, assim como qualquer um de nós, mas além disso contribuem para melhorarmos a nós mesmos, porque quando as encontramos ficamos pensando em uma forma de olharmos naturalmente, sem que elas se sintam julgadas e isso melhora a gente (se você não faz isso, deveria começar a fazer).

Que possamos entender que o mundo foi criado no início, independentemente de sua crença ou não crença, para vivermos e não para produzirmos, não para sermos mão de obra, então que possamos olhar com mais cuidado para aqueles que não se adaptaram ao sistema capitalista.

Que possamos entender que o mundo é diverso, composto por gente de todo o tipo: egoístas, generosos, cristãos, ateus, filhos das religiões de matriz africana, gays, bis, transgêneros, héteros, brancos, negros, índios, pessoas com deficiência, gente alta, baixa, mais ou menos, gente ignorante, arrogante, possessiva, gente alegre, compreensiva, entusiasmadora, e ainda um sem fim de combinações, mas o certo é que, se todos chegamos até aqui, é porque devemos ter o direito de usufruir dessa terra cada um à sua maneira.

Que possamos em 2017 alimentar em nós o respeito por esse direito de cada um. O direito de ser diferente e único.
Que possamos lembrar que todos nos sentimos tristes, com medo, sozinhos e vazios de vez em quando. Sua mãe se sente assim, seu vizinho, a travesti que você encontra na rua, o gari, a dona da loja, o empreiteiro, o presidiário. Não é uma exclusividade sua ser humano. Somos todos.

Que em 2017 possamos nos colocar mais vezes um no lugar do outro. Que optemos por nos transformarmos em humanos melhores e que nossas opiniões sirvam para interagirmos e não para julgarmos.

Que em 2017 possamos não desejar a morte de ninguém, mas conscientes de quem somos, comemorarmos a vida de cada um.

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