Depois de um período de tréguas, digamos assim, os vândalos voltaram a atacar em Araucária. Dessa vez o alvo foram 25 capelas dos túmulos do Cemitério Jardim Independência, no bairro Porto das Laranjeiras. Não contentes em roubar tudo que havia de metal, os vândalos ainda quebraram vidros, porta-retratos e deixaram um rastro de sujeira. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente designou um funcionário para fazer a limpeza do local, mas o dano maior ficou por conta das famílias, que além do prejuízo emocional ao ver os túmulos dos seus entes queridos destruídos, tem que arcar com as despesas para consertar as capelas.
“Na realidade, os casos de vandalismo nunca param, mas fazia cerca de seis meses que os vândalos não agiam de forma tão violenta”, destacou o secretário do Meio Ambiente, Vitor Cantador. Segundo ele, as depredações e furtos causam um prejuízo anual estimado em mais de R$100 mil aos cofres públicos. “Esse gasto é utilizado para consertar os estragos e na reposição de equipamentos”, explica Vitor.
Ele reforça que a Guarda Municipal realiza patrulhamento pelos arredores dos cemitérios, parques, praças, e outros próprios públicos, porém os vândalos são mais rápidos e sabem exatamente os horários em que não há rondas. “Eles ficam sondando pra saber o momento certo de agir, aquele momento em que não terá nenhuma viatura por perto, eles têm tempo de sobra pra isso. O pior é que chegam ao cúmulo de roubar parafusos dos aparelhos das academias ao ar livre e dos brinquedos que estão nos parquinhos. Mas não adianta combater somente a ação dos vândalos, é preciso agir com mais rigidez junto aos atravessadores, que compram os materiais roubados. O fato é que o Meio Ambiente não vence repor tudo que eles estragam”, revolta-se o secretário.
Precaução
No caso específico dos cemitérios, para evitar futuras depredações a SMMA está orientando as famílias a não utilizarem mais materiais de metal ou alumínio nas capelas. Eles podem optar por materiais de plástico ou acrílico, produtos que não são visados pelos destruidores de patrimônio.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1273 – 05/08/2021