Você já ouviu falar em Nutrição Funcional Integrativa? Muitas pessoas acham que é uma dieta à base de alimentos funcionais como linhaça, chá verde, entre outros, o que não é verdade.
A nutricionista Mari Benites, da Clínica IMA – Instituto de Medicina de Araucária, explica que a Nutrição Funcional Integrativa vai muito além da simples elaboração de um cardápio.
“Tratamos as causas dos distúrbios metabólicos de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração suas necessidades nutricionais em diferentes fases da vida, sua rotina, seus hábitos, sua história pessoal e as informações obtidas através da correta interpretação de exames laboratoriais que refletem seu estado de saúde e deficiências nutricionais”, explana.
Ela lembra que a alimentação tem uma relação direta com todos os distúrbios metabólicos, e por isso é fundamental seguir uma alimentação adequada, respeitando as necessidades individuais de cada paciente em cada fase, citando como exemplo a programação metabólica gestacional. “Estamos falando da prevenção de deficiências nutricionais para a gestante e o bebê, prevenção de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, garantia de níveis ótimos de nutrientes para uma gravidez tranquila e a saúde do recém-nascido”, ilustra.
A Nutrição Funcional Integrativa também pode ser uma ótima alternativa nos seguintes casos:
- Síndrome do ovário policístico
- Síndrome do intestino irritável (SII)
- Obesidade
- Diabetes
- Controle de peso
- Disbiose
- Síndrome do super crescimento bacteriano (SIBO)
- Síndrome do super crescimento fúngico (SIFO)
- Hipertensão arterial
- Síndrome metabólica
- Alergias alimentares
- Doenças auto imunes
“Precisamos nutrir nossas células com alimentos reais, respeitando as necessidades específicas de cada fase da vida e do nosso organismo, promovendo uma reeducação alimentar sem extremismos ou restrições, buscando sempre o equilíbrio para resultados permanentes”, orienta a nutricionista.
Termos estranhos nos rótulos? Entenda o que isso significa!
A nutricionista Mari Benites também abordou a questão dos alimentos reconstituídos, os quais vem gerando dúvidas em algumas pessoas. Isso porque muitos produtos passaram a apresentar o termo “reconstituído”, o que acaba confundindo a cabeça do consumidor.
Encontramos, por exemplo, o leite reconstituído, que nada mais é do que o leite em pó adicionado de água para reconstitui-lo. Isso está muito presente em produtos como iogurtes, bebidas lácteas e requeijões. É uma alternativa quando não é possível o uso do leite fluido.
Suco reconstituído, que é feito a partir de um suco concentrado, de onde foi retirada a água previamente, geralmente por aquecimento (esse processo diminui o volume do suco e auxilia no transporte, além de aumentar a durabilidade). Basta adicionar água novamente, para reconstituí-lo. A quantidade de água que o fabricante adicionar irá depender da finalidade (suco, néctar, refresco…). Por exemplo, em um suco 100%, a quantidade de água adicionada ao suco concentrado deve ser suficiente para que o suco volte a ter sua concentração inicial. Considerado positivo quando é a forma de aumentar a durabilidade de uma fruta que não é da estação.
A farinha reconstituída, termo que passamos a encontrar com frequência, principalmente em macarrões é quando os fabricantes adquirem os componentes (amido, farelo e gérmen) separadamente e misturam no momento da fabricação do produto, na proporção em que ocorrem no grão inteiro. Nessa situação, a farinha integral é considerada reconstituída.
Para a Dra, Mari, é fundamental na leitura de rótulos saber que o primeiro ingrediente é o que está presente em maior quantidade no produto. “Açúcares muitas vezes vêm com outros nomes, e palavras ‘estranhas’, que devem ser vistas com atenção. É sempre mais saudável e nutritivo o alimento in natura, e prefira sempre produtos da estação”, orienta.
Ainda de acordo com ela, em todo o processo de industrialização perdemos nutrientes e ganhamos aditivos químicos, conservantes, acidulantes, estabilizantes. “Quando necessário o consumo, opte pelos produtos que contêm o menor número possível de ingredientes adicionados”, sugere.
Serviço
A nutricionista Mari Benites atende na Clínica IMA – Instituto de Medicina de Araucária nas sextas-feiras e sábados. Agende uma consulta pelo fone / Whatsapp (41) 3642-3872.
Edição n.º 1425