Araucária PR, , 16°C

Você sabe o que é Síndrome da Angústia Respiratória Aguda?

Você sabe o que é Síndrome da Angústia Respiratória Aguda?

órgão mais acometido pela Covid 19, disparadamente, é o pulmão. Por isso, durante o período crítico da pandemia e ainda no pós-Covid, os pneumologistas acabaram assumindo o protagonismo no enfrentamento à doença. Muitos desses profissionais acompanharam desde os casos moderados até os mais graves, muitos, inclusive, que mesmo após a alta hospitalar necessitaram do suporte do pneumologista para recuperar a saúde pulmonar. Embora nem todos os pacientes tenham conseguido retomar a saúde original do pulmão, com a ajuda do especialista, muitos melhoraram sua qualidade de vida.

A pneumologista da Clínica São Vicente, Dra Katia Garbini Gonçalves, afirma que a Covid desencadeou problemas respiratórios graves em muitos pacientes e um exemplo é a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SARA), uma insuficiência respiratória que também pode ser ocasionada por qualquer outra doença que afete os pulmões. “A SARA basicamente é gerada pelo acúmulo de líquidos inflamatórios no pulmão, que levam a redução do oxigênio em todo o organismo. Quando afetados, os pacientes muitas vezes precisam de UTI e de ventilação mecânica. A doença pode ter várias causas, como uma pneumonia mais grave, embolia pulmonar, trauma torácico, e ainda inflamações de outros órgãos como uma pancreatite, um AVC. Em geral vem associada a um quadro grave e o tratamento indicado é encaminhar o paciente para a UTI para ser monitorizado, receber suporte de oxigênio e às vezes há necessidade de ser entubado e receber ventilação mecânica”, explica a médica.

Ainda de acordo com a pneumologista, muitas vezes a SARA pode levar a óbito, porém alguns pacientes respondem rapidamente ao tratamento, acabam sobrevivendo e retomando uma vida normal. “Pacientes que demoram a responder e ficam muito tempo na UTI entubados e dependentes, que acabam agregando várias outras lesões, até por esse tempo prolongado em terapia intensiva, esses podem ficar com sequelas para o resto da vida e depender eventualmente de oxigênio, com uma capacidade respiratória menor e até mesmo ficarem dependentes de cuidados”, ilustra.

Sequelas da Covid 19

A Dra Katia Garbini complementa que quando se fala nas principais sequelas que têm sido observadas pós-Covid, é necessário separar os pacientes em dois grupos: os que ficaram muito graves e foram para a UTI e os que foram entubados. “Esses pacientes apresentam muitas sequelas não só pulmonares como físicas também, são pacientes que estão muito mais debilitados e precisam de um acompanhamento de perto. Muitos deles precisam usar oxigênio em casa por um longo período e fazer fisioterapia respiratória. São pacientes que ficam mais dependentes de um médico, de algum familiar ou de algum cuidador no dia a dia. Temos ainda os pacientes que, ou já tinham uma doença pulmonar prévia como bronquite, asma, DPOC (doença de cigarro) e que tiveram uma piora pós-Covid, ou que tinham uma pré-disposição a essas doenças e o Covid as acabou acordando”, exemplifica.

Cuidados importantes

Assim como em todas as demais doenças que afetam os seres humanos, a pneumologista observa que os tratamentos, hábitos de vida e recomendações pós- pandemia não mudaram. “Hábito de vida saudável é se alimentar de forma correta, diversificada, praticar exercícios regularmente, evitar hábitos como tabagismo, vaper e adotar o uso da máscara. “Acho que depois da pandemia a máscara passou a ser super importante, e um exemplo é quando uma pessoa está gripada e usa o acessório para proteger não apenas a si mesma, como também os demais, principalmente em ambientes muito fechados, onde a circulação do vírus é muito maior”, explica a médica.

Inverno aumenta risco de doenças respiratórias

A pneumologista Katia Garbini Gonçalves lembra ainda que durante o inverno há um aumento na incidência de doenças alérgicas e infecciosas, transmitidas por vírus e bactérias. Isso acontece, principalmente, porque as pessoas tendem a ficar mais em locais fechados, sem ventilação. Além das gripes e resfriados, na estação mais fria do ano é comum o aumento de doenças pulmonares como asma, bronquite e DPOC (enfisema), sendo assim, as pessoas que sofrem com essas doenças tem mais chances de descompensarem.

“Precisamos considerar ainda que pós-Covid a incidência dessas doenças aumentou ainda mais. Durante a pandemia, até por conta do uso obrigatório da máscara, essas doenças deram uma reduzida, mas agora percebemos que as pessoas passaram a tomar menos cuidados, usar menos álcool, lavar menos as mãos e se protegerem menos. É muito importante que na pós pandemia haja uma mudança na educação da população em relação aos cuidados básicos de saúde que precisam ser mantidos, principalmente em relação ao uso de máscara e da vacinação. Se as pessoas aprenderam com o Covid que a vacina funcionou, devem continuar a se vacinar também contra a gripe, dessa forma teremos um benefício no tratamento das doenças de inverno”, afirma.

Serviço

Para agendar uma consulta com a pneumologista Katia Garbini Gonçalves ou demais médicos da Clínica São Vicente, entre em contato pelo telefone (41) 3552-4000 ou WhatsApp (41) 98780-1440.

Edição n. 1367

Leia outras notícias