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135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

Você sabia que Araucária tem segredos incríveis? Neste caderno especial do aniversário de 135 anos, o Jornal O Popular vai compartilhar com você 10 curiosidades sobre a cidade, que vão te surpreender. Há fatos interessantes sobre transporte, história, animais e até sobre os costumes dos antigos moradores, que nem todos conhecem. Acompanhe e descubra mais sobre sua cidade!

Pedágio nas pontes

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

As Pontes Metálicas configuram um ponto turístico de Araucária, com suas estruturas em metal trazidas da Bélgica e ali montadas entre 1912 e 1915. Mas muito antes de elas existirem, a travessia do rio Iguaçu se dava por balsa, até que, em 1874, em visita a Araucária, o imperador Dom Pedro II ordenou a construção de duas pontes de madeira ao construtor inglês Walter Joslin, que se tornou adjucatário de um posto de coletoria de pedágio sobre uma das pontes.

Guajuvira é uma árvore

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

Guajuvira é um distrito do Município, criado por lei em 1947. Assim como Araucária, seu nome é inspirado em uma árvore, frondosa e de flores brancas e miúdas, que existia em grande quantidade na região. A guajuvira era muito utilizada pelos indígenas para a confecção de arcos de flecha, devido à sua capacidade de entortar sem quebrar. Atualmente, a árvore não é mais facilmente encontrada, mas existem dois belos exemplares bem na praça em frente à Igreja Bom Jesus.

IPVA de carroças

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

No tempo em que as carroças eram o principal meio de transporte em Araucária, a prefeitura municipal mantinha livros anuais para registro de veículos, incluindo as carroças, e fazia a cobrança de taxa anual de emplacamento das mesmas. Nessa época, as estradas rurais do município eram estreitas e precárias, cabendo aos próprios moradores cuidar de sua conservação a fim de deixá-las apropriadas para a passagem de carroças. A cada três dias trabalhados, os colonos ganhavam um selo de bonificação que os isentava de taxa no emplacamento das suas carroças.

Jardineira como transporte

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

Os primeiros registros sobre o serviço de transporte coletivo de Araucária remontam à década de 1930, quando um veículo conhecido como Jardineira fazia o transporte de passageiros entre a Estação Ferroviária (localizada no bairro Estação) e a Praça Dr Vicente Machado. No ano de 1936, segundo consta na proposta do proprietário da jardineira, Sr Angelo Rigolino, ao edital da prefeitura, esse trajeto seria feito por veículo com capacidade para até dez passageiros. O preço da passagem com o valor de 800 réis ida, sendo que a passagem de ida e volta, com transporte gratuito de até quinze quilos de bagagem, sairia por 1.500 réis. Menores entre três e seis anos deveriam pagar meia passagem, sendo gratuita a passagem para menores de três anos. Funcionários municipais em serviço deveriam receber passagem gratuita.

Parque Cachoeira

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça

O Parque Cachoeira é um dos mais importantes centros de lazer do município de Araucária. Localizado em uma área de mais de 305.000 metros quadrados, adquirida em 1980 pela prefeitura municipal, o parque conta com um lago e uma pequena queda d’água. Esse lago é fruto do represamento do rio Chimbituva, feito em 1942 pela Indústria Torres, para que gerasse energia hidráulica para produção de massa de tomate e pimentão nas instalações da fábrica, onde hoje está localizado o Museu Tingüi-Cuera. Muita gente imagina que seja essa queda d’água que dá nome ao parque, porém, quando ela foi construída o bairro já se chamava Cachoeira. Portanto, o parque está localizado dentro do bairro Cachoeira, que tem esse nome por ser cortado pelo Ribeirão da Cachoeira. Este, por sua vez, tem esse nome por conta de uma cachoeirinha escondida entre a densa mata da região, em terreno particular.

O caçador de cobras

135 anos: 10 curiosidades sobre Araucária que talvez você não conheça
Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

Carlos Hasselmann era um agrimensor e agricultor que fez vários levantamentos topográficos em Araucária e em outras cidades. Realizou importante trabalho para a comunidade, atendendo pessoas que procuravam sua ajuda devido a picadas de cobras e outros insetos venenosos. Hasselmann enviava via trem, ao Instituto Butantã, em São Paulo, cobras venenosas capturadas na região por ele e por outros moradores, sendo que a primeira remessa foi no ano de 1927. Em troca, o Instituto lhe fornecia soro antiofídico para o tratamento. Destacou-se como o mais conhecido caçador de cobras do Estado do Paraná, e recebeu por seus trabalhos homenagens do Instituto Butantã.

Os japoneses da Fazendinha

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Foto: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

Os japoneses que possuíam granjas na Fazendinha foram os únicos a contar com energia elétrica na década de 1960, comprada da Companhia Força e Luz e paga em dez anos. A eletricidade de forma geral só iria começar a chegar à região na década de 1970. Na colônia também existiu o Araucária Nipon Tinkai ou Clube Nipo-Brasileiro Fazendinha, onde eram realizadas festas com comidas típicas japonesas, brincadeiras e peças teatrais organizadas pelos próprios moradores, além de aulas em japonês e atividades esportivas, como beisebol e atletismo. Com o passar dos anos, a maioria de seus descendentes partiu para os centros urbanos em busca de condições melhores de estudo e trabalho, restando a cada “batian” e “ditian” (avó e avô em japonês) as memórias dos tempos passados.

Edição Especial – Aniversário de Araucária: 135 anos.

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