Inteligência Artificial é toda a forma de interação do homem com os modernos aparelhos eletrônicos disponíveis no mercado que tem refletido nas urnas. As tecnologias dos modernos meios de comunicação entre seres humanos hoje disponíveis nos celulares dotados de inteligência artificial são alimentados pelo nosso próprio Ego, que através de “algoritmos” disponíveis nestes aparelhos, impulsionam nossa própria conexão com a realidade virtual em detrimento do mundo real, reduzindo assim nosso conhecimento de fato sobre os candidatos que são contraditórios e consequentemente fecham nossa mente para outras perspectivas. Nosso ego é formatado durante a vida para enxergar apenas as coisas que identificamos em nós mesmos e assim vamos fortalecendo cada vez mais nossas próprias convicções. Com a Lava Jato as convicções sobrepuseram as necessidades das provas reais, batizada de pós verdade e a sociedade brasileira aceitou convicções como parte de um processo que criminaliza indivíduos e isto foi um desserviço a credibilidade do próprio processo judicial que é em última análise o garantidor do sistema democrático universalmente aceito no mundo civilizado. Tudo tá virando fanatismo. Assim como o sujeito que torce por um determinado time, ou tem determinada preferência religiosa, ou preferência política fica seriamente afetado, pois tudo que contrária seu monstruoso Ego será descartado e nada será absorvido do oposto as nossas próprias preferências pessoais. O Brasil está polarizado politicamente justamente por este motivo e corre o risco de uma ruptura democrática e de boa convivência entre o contraditório proposto na democracia, que seria o livre debates de ideias e formas de administrar os recursos públicos. As coisas se acirram neste segundo turno e o resultado previsível é o de um país que caminha para a divisão. O STF é em suma o garantidor da democracia mas o povo não tem noção do que seria uma ruptura democrática que é para onde alguns espertalhões querem nos levar. Reflitamos.
Publicado na edição 1333 – 13/10/2022