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Polícia apreende em Araucária helicóptero utilizado para o tráfico de drogas
Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu na manhã desta sexta-feira (13/09), 11 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão na operação de combate ao tráfico de drogas batizada de “Fim de Voo”. Em Araucária, foram cumpridos mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra alvos envolvidos nos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, associação criminosa e associação para o tráfico, nos bairros Iguaçu, Sabiá, Thomaz Coelho e na localidade rural de Campo Redondo.

Um dos dois helicópteros que foi apreendido durante a operação estava em uma chácara localizada na localidade rural de Campo Redondo, em Araucária. Lá havia sido montado uma espécie de heliponto. A aeronave era utilizada pelo grupo criminoso para o transporte de entorpecentes, aproveitando-se de rotas aéreas entre divisas de estados e áreas de difícil acesso.

Além de Araucária, as ações ocorreram simultaneamente nas cidades de Curitiba e Campo Largo, no Paraná; Ponta Porã e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Fernandópolis, em São Paulo.

Segundo o delegado da PCPR, Victor Loureiro, responsável pela operação, o alvo em Araucária se utilizava de pessoas impostas para compra e utilização de uma aeronave, em favor do narcotráfico. “Identificamos a partir desse homem pessoas ligadas ao tráfico de drogas em outros estados. O esquema permitia que essas aeronaves saíssem do estado do Mato Grosso do Sul até a capital paranaense e região metropolitana e abastecesse também outras cidades do Paraná. Na manhã de hoje, todos os mandados de prisão foram cumpridos, além de buscas em diversas cidades dos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul”, declarou.

A operação faz parte de uma investigação que revelou o envolvimento de uma organização criminosa especializada no transporte e distribuição de grandes quantidades de drogas. Um dos principais alvos da ação era o sequestro de um helicóptero modelo R44 Raven II, fabricado pela Robinson Helicopter, avaliado em quase R$ 2 milhões. A outra aeronave apreendida também foi avaliada em cerca de R$ 2 milhões. “As aeronaves poderão ser utilizadas agora em favor do estado para outros serviços em benefício da população”, comentou o delegado.

As investigações apontam que o grupo criminoso possui uma estrutura bem organizada, com ramificações que vão além das divisas do Paraná. Movimentações financeiras suspeitas indicam a prática de lavagem de dinheiro relacionada às atividades do tráfico. Durante diligências anteriores, armas de fogo, drogas, munições e documentos foram apreendidos, fornecendo mais indícios da atuação criminosa do grupo.

“As movimentações envolviam grandes somas de dinheiro, realizadas por meio de contas bancárias de terceiros. Identificamos que o alvo principal se utilizava de pessoas para grandes depósitos bancários em benefício de empresas que vendiam as aeronaves para esse grupo criminoso. Pessoas que não tinham o menor laço financeiro para fazer depósitos de 50, 100, 200, 300 mil reais, em favor da compra dessas aeronaves e a partir desse ato ilícito, elas também serão investigadas pela lavagem de dinheiro”, completou o delegado.

A operação desta sexta-feira marca uma etapa importante nas investigações. A PCPR continuará trabalhando para identificar outros envolvidos, apreender mais provas e desmantelar completamente a organização criminosa.

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