A 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, realizada entre os dias 21 a 24 de outubro, em Brasília, contou com a participação de três delegados de Araucária. Thalles Rhavi Agrela Campos e Jhordyman Andrade dos Santos representaram a sociedade civil e Letícia Vasconcellos Puppi foi a representante do governo.

Cerca de 2,2 mil pessoas participaram do evento, entre 1.156 pessoas delegadas, 385 convidadas e 147 observadoras, representando todos os estados brasileiros.

A conferência teve a última edição realizada em 2016. Quase 10 anos depois, a edição de 2025 trouxe como tema central “Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+”. O objetivo maior do encontro foi propor diretrizes para a criação e a implementação de políticas públicas destinadas ao enfrentamento da discriminação contra esse público, elaborando diretrizes para a criação do plano nacional de promoção dos direitos humanos e da cidadania das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexos e assexuais.

Segundo os representantes de Araucária, a Conferência é um marco na luta pela igualdade de direitos e pelo respeito à diversidade sexual e de gênero no Brasil. “Representa a retomada da participação social de pessoas LGBTQIA+ após um período em que ações políticas tentaram suprimir essa população. Nos reunimos para fortalecer nossa voz coletiva, promover o diálogo entre movimentos sociais, representantes do poder público e a sociedade civil, e construir soluções efetivas para os desafios que enfrentamos diariamente”, declaram.

Na plenária final da Conferência, foram lidas e aprovadas 16 propostas prioritárias elaboradas nos 16 grupos de trabalho. Ao todo, as discussões da etapa nacional resultaram em 80 propostas, que integram o documento final da Conferência, marco na retomada das políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+ no Brasil.

“As 16 propostas prioritárias aprovadas na plenária refletem o consenso construído nos grupos e expressam a força da diversidade e da participação social na formulação de políticas públicas. Além da votação das propostas, a plenária final também contou com a apreciação de moções, que refletiram posições, solidariedades e reivindicações aprovadas coletivamente, expressando a pluralidade e a vitalidade do movimento LGBTQIA+”, afirmam os delegados araucarienses.

Edição n.º 1489.