Ainda é um mistério para a família o desaparecimento da jovem Carine Passos Sampaio, de 24 anos. Câmeras de vigilância de um vizinho flagraram ela saindo da casa da família, no bairro Vila Angélica, na madrugada do sábado, dia 20 de agosto, por volta de 5h30, de pijamas e chinelo.
Desde então, tanto familiares e amigos, quanto a polícia têm feito buscas sobre informações que possam levar ao paradeiro dela. Segundo sua irmã, Carine é uma pessoa tranquila, sem grandes problemas e que trabalha de caixa em um supermercado em Curitiba.
O delegado João Marcelo Renck Chagas, titular da delegacia de Araucária está à frente das investigações e disse que o caso é bastante difícil, pois existem poucas informações que possam ajudar. “O que temos de mais consistente é uma gravação das câmeras de vigilância da empresa Brafer, que fica na divisa com Curitiba, que mostram Carine passando a pé, sozinha e ainda de pijamas e chinelos, em direção à capital. Fora isso, o resto pode ser apenas especulação. Já recebi informações de várias pessoas dizendo que a viram em vários lugares, até na BR 277. Estamos investigando todas as possibilidades”, conta o delegado.
Carona
Do outro lado, a família está cada vez mais aflita. A irmã dela, Camila, disse que os vizinhos estão ajudando elas. “Estamos refazendo seus passos para tentar encontrar alguma informação. Já são cinco dias e cada minuto que passa começa a passar mais besteira pela nossa cabeça. Nem sei mais o que pensar”, desabafa Camila. Ela contou que na noite anterior ao sumiço, sua irmã estava em casa e teve uma pequena discussão com a mãe, mas ficou tudo tranquilo a ponto de Carine dar boa noite para a mãe, tranquila. Também tinha ficado até mais tarde conversando com o namorado em casa.
“Precisamos de alguma informação dela. Não é possível uma pessoa desaparecer assim, do nada. Não acredito que alguém tenha recolhido ela em casa e não tenha visto as notícias de seu desaparecimento. Pode ser que ela tenha ficado transtornada com alguma coisa, mas estamos tentando descobrir o que é. Essa situação é muito ruim”, diz a irmã.
O delegado considera também a hipótese de que ela tenha pego uma carona, já que o local onde foi vista é próximo ao Contorno Sul, trecho onde passam muitos caminhões. “Algum motorista, na boa fé, pode ter dado carona e a levado para alguma outra cidade, que não tem contato com a informação do sumiço dela por aqui”, diz João Marcelo.
A orientação das autoridades é que, caso exista alguma informação, pode ligar para o número da delegacia (41) 3641-6000. Os números da família são 3552-3336, 9841-6491 ou 9515-1031.
Texto: Carlos do Valle / FOTO: DIVULGAÇÃO