Sismmar defende o princípio da autonomia sindical perante partidos, mas tem lado: o do trabalhador!
Sempre defendemos que sindicato não deve ser direcionado nem atrelado a partido político. Sendo assim, o Sismmar não apoia nenhum candidato. Porém, temos lado na luta: o lado das pessoas que trabalham para sua sobrevivência e de sua família.
Nesse contexto, candidaturas que representam a perda de direitos e o neoliberalismo devem ser combatidas a toda prova. Discursos aplaudidos pelo grande empresariado não representam os interesses dos trabalhadores.
O cenário político eleitoral é de extrema gravidade. A candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) representa uma nova versão do fascismo e sua eventual eleição, significa a legitimação no Estado para medidas excludentes, aliadas ao grande capital, e, pior, a prática da repressão violenta contra aqueles que resistirem.
Assim, os trabalhadores que lutam contra essas práticas são oprimidos, perseguidos, executados. Quando a violência não é física ou psicológica, ela é ideológica, moral. Já temos visto nos últimos dois anos a intensificação da perseguição às organizações de luta e sindicais, o que pode se tornar mais concreto, caso um governo como esse venha a vencer.
O fascismo disfarça, sob um argumento de renovação, seu conteúdo conservador, sendo antioperário e, sobretudo, antidemocrático. Não admite diferenças, nem a livre manifestação.
Para tanto, a ideologia fascista conclama a ordem e um suposto ideal de nação para conseguir adeptos dentro da classe trabalhadora. Simula preocupação e soluções para o desemprego, mas se compromete com os burgueses a retirar cada vez mais direitos dos trabalhadores.
Não à toa, os argumentos e estratégias utilizados para conseguir mais adeptos apelam a conceitos abstratos como “nação”, “moralismo” e “família”. O debate fica tão pobre que se encerra em uma dualidade entre “cidadão de bem” versus os demais, colocando em prática a divisão da sociedade em conceitos absurdamente equivocados. Quem são os cidadãos de bem?
Na verdade, o fascismo incita a práticas que antes não tinham espaço para se multiplicar. Porém, com uma figura pública que simboliza esse ideário, fascistas perdem o pudor de discriminar, ofender, incitar e até cometer crimes.
A história nos mostra que governos de extrema direita atacam a oposição na base da prisão, tortura, exílio e execução. Com isto, as vozes que conclamam pelos direitos dos trabalhadores são paulatinamente silenciadas. É isso que queremos? Definitivamente, NÃO!
Sendo assim, aderimos à campanha nacional e apartidária #EleNão #EleNunca.
Firmes!
Publicado na edição 1132 – 27/09/18