A vez dos pequenos venderem seu peixe

Amanhã quem acorda primeiro liga pro outro mesmo que sem graça
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Amanhã quem acorda primeiro liga pro outro mesmo que sem graça
Amanhã quem acorda primeiro liga pro outro mesmo que sem graça

Quem tem uma pequena empresa sabe a dificuldade que é para conseguir bons clientes. É o trabalho do departamento comercial. Para cada nova possibilidade de negócios é preciso agendar com o potencial cliente, esperar o momento para que ele o atenda e, enfim ofertar seu produto ou serviço. Um processo demorado e, por vezes pouco produtivo, mas essencial.

Agora imagine a oportu­nidade de falar com quase cinquenta empresas de uma vez só, todos no mesmo lugar e todos muito aten­tos ao que você tem a dizer. Parece bom, não é? foi exatamente o que aconteceu na Primeira Sessão de Negócios, evento promovido pela cooperativa Sicredi Araucária e a Prefeitura Municipal, através da Companhia Municipal de Desenvolvimento (Codar) e organizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa, Sebrae, e que aconteceu na sede da Associação dos Empresário da Cidade Industrial de Araucária (Aeciar), na terça, dia 19 de abril.

Com este formato, onde pequenos ofertam para pequenos, é o primeiro feito no município. A Associação Comercial de Arau­cária (Aciaa), em anos anteriores e a própria Codar, mais recentemente, já haviam promo­vido algumas rodadas de negócios com empresas âncora, onde fornecedores menores poderiam ofertar para compradores de grandes empresas como a CSN, Risotolândia ou Petrobras.

Dinâmico

Desta vez o evento foi focado apenas nos micro e pequenos empreendedores. Quarenta e nove empresas foram devidamente cadastradas, organizadas e separadas em sete mesas, levando em conta seus ramos de atuação para que não houvesse repetição de setor na mesma mesa. Quando se inicia a rodada cada representante tem dois minutos para apresentar seu produto ou serviço aos seis demais. Em seguida o mediador passa para a próxima empresa e assim por diante até que todos tenham se apresentado.

Quando termina esta rodada de apresentações, conforme a programação, os representantes vão para outra mesa e se inicia nova rodada. Esse processo aconteceu até que todos puderam se apresentar para todos. “É muito rápido, mas o objetivo é apenas quebrar o gelo e trocar cartões entre as empresas. Se o potencial cliente se mostrar interessado, o vendedor vai agendar uma visita com mais calma na própria empresa do cliente”, explica Virgínia Algayer, do Sebrae.

Fechar negócios

“O que nós queremos é que as empresas façam negócios. Já fizemos essa tipo de evento em outros municípios e os resultados foram muito bons”, diz Alex Ferreira da Luz, do Sicredi. Embora o evento tenha sido organizado pelo pessoal do Sebrae, toda a estrutura e a escolha das empresas foi feita em parceria com a Codar e o Sicredi.

Participaram do evento empresas de ramos muito variados, indo desde auto escolas, papela­rias, móveis sob medida, tatuagem, jornal, escolas de idiomas entre outros. “Ao final as empresas irão receber uma lista completa com todos os participantes e os contatos”, conta Fernanda Karas, da Codar que lembra que, ao contrário de outros eventos, a participação nesta sessão de negócios não teve custos aos participantes. O que ela não disse, e que chama a atenção é que, ainda mais em tempos de crise, com todas essas possibilidades de fazer novos negócios e não ter custos, algumas empresas que estavam confirmadas simplesmente não apareceram.


Texto: Carlos do Valle / fotos: carlos do valle

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