Diante das recentes ocorrências de contaminação em bebidas por metanol, registradas em diferentes regiões do país, o Procon Araucária realizou uma operação conjunta com a Vigilância Sanitária (Saúde) e a Polícia Civil para orientar e fiscalizar distribuidoras da cidade. O foco da ação, realizada na quarta-feira (08), foi verificar a regularidade na comercialização de bebidas destiladas, já que a procedência duvidosa de bebidas alcoólicas representa um risco de contaminação – não apenas por metanol.

Dos 10 estabelecimentos visitados, metade deles apresentou algum tipo de problema na comprovação da rastreabilidade de produtos comercializados, o que inclui as “bebidas caseiras”. Os comércios foram selecionados por amostragem e são de diferentes regiões do município. O Procon explica que produtos com suspeita de adulteração ou origem desconhecida são inutilizados.

A Secretaria de Saúde (SMSA), por meio da Vigilância em Saúde, informou que também foram encontradas cerca de 35 garrafas sem o devido registro nos órgãos sanitários competentes, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Os estabelecimentos que não conseguiram comprovar a rastreabilidade dos produtos comercializados foram autuados.

“O trabalho de orientação e fiscalização é permanente. As ações integradas com os demais órgãos buscam coibir práticas irregulares e garantir que produtos seguros cheguem à mesa da população araucariense. No mês passado, cerca de 2 mil garrafas de bebidas clandestinas foram apreendidas em Araucária, e todas as garrafas foram destruídas pela Polícia Civil nesta semana”, disse a Vigilância.

Segundo o Procon Araucária, todos os fornecedores fiscalizados receberam a Recomendação Administrativa, já publicada no Diário Oficial do Município, com orientações sobre as medidas que devem ser adotadas para assegurar que apenas produtos regularizados sejam comercializados, além de informações sobre a responsabilização legal em casos de contaminação por metanol.

“O comprometimento dos fornecedores, para que mantenham atenção redobrada em relação à procedência das bebidas que comercializam, é importantíssimo para a segurança do consumidor. A nota fiscal comprova que o produto foi adquirido de um fornecedor, mas não assegura que o conteúdo da garrafa seja legítimo ou que não tenha sido adulterado”, citou o Procon.

ALERTA

A população deve ficar atenta a sinais que podem indicar falsificação em bebidas, como rótulos mal impressos, lacres danificados, diferenças de cor, cheiro ou sabor. No caso do rótulo, ele precisa estar completo e legível, com o nome e CNPJ do fabricante ou importador, número de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), lote, data de fabricação e teor alcoólico. Recomenda-se também exigir a nota fiscal de compra do produto.