Ano letivo se recupera, vidas não!

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Esta frase vem ao encontro do que temos vivenciado nos últimos 160 dias com o afastamento social/físico orientado pela Organização Mundial da Saúde – OMS desde o fechamento das Unidades Educacionais em 20 de março de 2020. Diante deste cenário, a educação de uma forma ou de outra tem desenvolvido um excelente trabalho com as crianças/estudantes e seus familiares, fazendo o inimaginável por sua continuidade.

É fato que a todo tempo observamos a discussão sobre o papel da educação na sociedade, no entanto, essa pauta jamais deveria sair do foco de qualquer sujeito ou cidadão, pois só haverá mudança ou transformação se houver educação de todos e para todos, na sua integralidade.

Quando se questiona sobre a volta às aulas neste período de pandemia diante do Coronavírus – Covid -19, questões surgem em relação à educação; qual é sua função na sociedade? Quais dimensões a relação espaço físico escolar e a convivência neste ambiente nos proporciona? Para responder essas questões, precisamos pensar sobre a volta ou não aos espaços estruturados das Unidades Educacionais, sejam estes privados ou públicos.

Da noite para o dia, tudo que foi planejado para o ano de 2020 foi transformado. A rotina diária, a sequência didática, o rol de conteúdos (objetivos de conhecimento), a exigência fixa dos dias letivos, o descompasso da vida, enfim, a rotina MUDOU! O que essa mudança nos faz refletir?

A EDUCAÇÃO é, e sempre será a favor da VIDA! Além dos conhecimentos e riqueza de saberes aprendidos, a Convivência, a socialização e as verdades na infância e juventude iniciam-se dentro desse ambiente, que incorpora-se nos currículos pedagógicos, nos saberes humanos construídos ao longo da história da sociedade e assim, o passado se faz presente, numa construção para vislumbrar o amanhã.

A importância da convivência no espaço físico é essencial para todos e, principalmente, para educar a sensibilidade ao longo do percurso na formação plural de experiências sociais construindo um enredo na vida dos educandos.

Entendemos que só haverá amanhã, se houver vida e, para que a vida seja preservada é necessário respeitá-la em toda sua forma, ampliando inclusive, os significados das experiências sociais, humanas, e suas relações com os espaços incorporados, trabalhando o medo e a incerteza como estratégia do bem querer para o amanhã. E como no início … Ano letivo se recupera, vidas não! A essência da Educação é a vida e, dessa forma, todo o resto é efêmero e sem significado para tratarmos neste momento de incerteza e sem segurança para os profissionais, crianças/estudantes e famílias.

Texto: Professora Adriana de Oliveira Chaves Palmieri

Publicado na edição 1226 – 20/08/2020

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