Busca ativa de alunos ajudou a conter evasão escolar em Araucária

Trabalho de busca ativa evitou que a evasão escolar em Araucária tivesse números preocupantes em 2020. Foto: Marco Charneski
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Busca ativa de alunos ajudou a conter evasão escolar em Araucária
Trabalho de busca ativa evitou que a evasão escolar em Araucária tivesse números preocupantes em 2020. Foto: Marco Charneski

A pandemia de Covid 19 trouxe muitos impactos negativos para a educação. Sem dúvida, o principal deles foi a evasão escolar, que é quando o estudante, por algum motivo, deixa de ir às aulas, abandonando a escola durante o ano letivo. Segundo o Unicef, no ano passado foram cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. A quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. A taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%, segundo dados da PNAD Contínua.

No Paraná, esse quadro não tem sido tão preocupante em alguns municípios, devido ao esforço das instituições em manter crianças e estudantes envolvidos durante o ensino remoto. É caso de Araucária, segundo a Secretaria Municipal de Educação, há registro de apenas um aluno do ensino fundamental desistente em 2020, de um total de 10.925 alunos. Na Pré escola, que é obrigatória, foram 4 alunos desistentes em um total de 3.020 alunos. Com relação a 2021, a SMED ainda não fechou os números e deverá fazê-lo apenas no término do ano letivo. “Nós fazemos busca ativa aos alunos que não estão frequentando, então a nossa evasão é pequena”, explicou a secretaria.

Rede estadual

Na rede estadual de ensino de Araucária, a Secretaria de Estado da Educação disse que não possui dados de abandono escolar por cidade, pois os estudantes podem mudar de um município para outro e seguir na rede. De acordo com a SEED, em 2020, a taxa de abandono escolar na rede estadual de educação do Paraná alcançou 1,2% no ensino fundamental e 3,7% no ensino médio, pouco acima do observado em 2019 (antes da pandemia) de 1,0% e 3,6%, respectivamente. Já a taxa de reprovação caiu em ambos os ensinos em todos os núcleos regionais.

No fim de junho, antes do recesso escolar, foram registrados quase 54 mil estudantes que não estavam assistindo às aulas nem realizando as atividades escolares no estado. Com o início do segundo semestre letivo da rede estadual (em 21 de julho) e a retomada das aulas presenciais em mais de 90% dos colégios, muitos alunos que haviam abandonado os estudos se sentiram motivados a voltar a frequentar a escola. Com isso, o número de quem não estava frequentando as aulas (de forma remota ou presencial) caiu a 22 mil — uma queda de 59%, sendo cerca de 7,5 mil em Curitiba e RMC.

A SEED destacou ainda que desde o início da pandemia, os colégios estaduais intensificaram as buscas ativas para resgatar e motivar os estudantes (com ligações e idas às casas dos alunos), anteriormente com foco no aumento da participação dos estudantes nas aulas ao vivo (por Google Meet) e mais recentemente para o retorno presencial. No momento, o intuito é que as escolas da rede pública de ensino recebam, com segurança, um maior número de estudantes, motivando-os pela permanência, uma vez que o ensino remoto contribui para com a aprendizagem, mas não substitui as atividades pedagógicas ofertadas de modo presencial.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1276 – 26/08/2021

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