Na sexta-feira, 15 de abril, durante uma audiência pública da Secretaria de Cultura realizada em Guajuvira, moradores daquela localidade foram pegos de surpresa com a notícia de que a Casa Petrobras fecharia a partir daquela data. Sem qualquer explicação contundente, apenas um ofício “curto e grosso” encaminhado à Secretaria, o local, que até então vinha sendo bastante utilizado pela comunidade, teve as portas fechadas.
“Não entendemos o que aconteceu, nem sequer fomos procurados para discutir o assunto e tentar alguma alternativa para manter a Casa. Era um excelente ponto de apoio para as escolas, que usavam o local para atividades no contraturno, ali também tínhamos vários cursos, biblioteca, computadores, enfim, o fechamento vai prejudicar muito a comunidade”, comentou Nádia Jaci Kulevicz, presidente da associação de moradores de Guajuvira.
A funcionária da Petrobras, Josiele, até então responsável pela administração da Casa, informou que a notícia do encerramento das atividades já vinha sendo comentada pela empresa, no entanto, orientou nossa reportagem a obter informações mais precisas com a coordenadoria. A reportagem do Jornal O Popular tentou conversar com a responsável Rochele, mas não conseguiu encontrá-la. Também entramos em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras para desvendar o motivo do fechamento repentino da Casa, mas até o fechamento desta edição, não obtivemos resposta.
Segundo informações extra-oficiais, repassadas por moradores da região, o motivo do fechamento será uma possível contenção de gastos. A comunidade não aceita a medida, uma vez que a Casa da Petrobras faz parte das medidas compensatórias que a estatal foi obrigada a pagar em razão do vazamento de 4 milhões de litros de óleo na bacia do Rio Iguaçu, acidente ocorrido no ano 2000. “Esta foi a única coisa boa que recebemos da empresa após a terrível catástrofe ambiental que sofremos, e agora querem nos tirar a Casa”, reclamaram.
A questão também foi discutida na segunda-feira, dia 18, durante sessão da Câmara de Vereadores. Os edis concordaram em emitir um requerimento e enviar à Petrobras, questionando se é fato que o local será fechado definitivamente, e qual seria o motivo.
Texto: Maurenn Bernardo / FOTO: EVERSON SANTOS