Na última semana, o Centro de Convivência do Idoso foi palco de um momento de escuta, diálogo e construção coletiva. A Pré-Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres reuniu representantes da sociedade civil, lideranças femininas e cidadãos engajados – em sua maioria, mulheres – para debater propostas que garantam direitos e construam um futuro com mais equidade.

O encontro foi marcado pela escuta ativa e participação de mulheres que buscam a efetivação de seus direitos por meio de políticas públicas. As discussões foram organizadas em seis eixos temáticos, fundamentais para a promoção da igualdade de gênero e da justiça social.

O primeiro eixo, Democracia, Participação e Governança das Mulheres na Política e nos Espaços de Poder, destacou a urgência de ações afirmativas para garantir a presença de mulheres negras e de comunidades tradicionais em espaços de decisão. Entre as propostas, a criação da Secretaria da Mulher no município.

No eixo Trabalho, Equidade Salarial e Autonomia Econômica, defendeu-se a ampliação do horário dos CMEIs, das 7 às 19h, para facilitar o acesso das mães ao trabalho. Também foi sugerido incentivar empresas a ofertarem vagas de Menor Aprendiz voltadas ao público feminino.

O tema Territórios Livres de Violência e Qualificação das Redes de Atenção à Mulher abordou a promoção de campanhas de prevenção ao assédio e à violência, com foco em espaços públicos e privados. A proposta inclui divulgar canais de denúncia com ênfase na educação infantil e nas áreas rurais.

O eixo Direito ao Território e Sustentabilidade destacou a necessidade de fortalecer redes de apoio econômico e social, com incentivo à economia solidária e à criação de cooperativas para inclusão produtiva das mulheres.

Em Educação Não Sexista e Cultura para Igualdade, discutiu-se a oferta de capacitações em áreas masculinas, como indústria e transporte, além da realização de feiras de profissões que ampliem as possibilidades para as mulheres.

Por fim, o eixo Saúde Integral e Bem-Estar da Mulher defendeu o fortalecimento de campanhas educativas sobre a prevenção do câncer, fatores de risco, hábitos saudáveis, vacinação (HPV, Hepatite B), saúde sexual e reprodutiva, desde a educação primária e o acesso contínuo e abrangente à saúde física e mental, como base para a dignidade feminina.

As participantes trouxeram reflexões e propostas que demonstram o poder da ação coletiva. O encontro fortaleceu os vínculos comunitários e foi essencial para a construção das diretrizes que integrarão a Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres.

Essas e outras propostas registradas seguirão para a Conferência Municipal, que vai acontecer no dia 27 de junho, onde serão debatidas e votadas. As que forem aprovadas vão avançar para as etapas estadual e, eventualmente, nacional. A mobilização reafirma que a luta por direitos é coletiva!

Edição n.º 1468.