O Fundo de Previdência Municipal de Araucária está tentando administrar uma situação difícil. A Prefeitura precisa lhe repassar cerca de R$ 15 milhões até o final do ano para o pagamento dos valores de aposentadorias e pensões que são de responsabilidade do Tesouro.
Não foi feita a devida precisão orçamentária para o cumprimento da Lei 1493, de 2004, e o prefeito Rui Souza se debate para arranjar o dinheiro.
Para discutir o problema, será realizado nesta quinta-feira, dia 15, 13h30min, na Câmara Municipal um Congresso do FPMA. Os sindicatos Sismmar e Sifar estão convocando o funcionalismo municipal.
No meio da tarde, os servidores sairão em passeata da Câmara até a Prefeitura para cobrar um posicionamento firme do prefeito contra o calote na Previdência.
Aos conselheiros do Fundo de Previdência, Rui Souza prometeu que enviaria projeto de lei à Câmara para remanejar 5 milhões de reais do orçamento e garantir os pagamentos das aposentadorias e pensões nos meses de setembro e outubro.
Já para os meses de novembro, dezembro e para o décimo-terceiro, o prefeito ainda não sabe de onde vai tirar o dinheiro. Ele definiu prazo até 15 de outubro para dizer como saldará sua obrigação.
Uma ajuda pode vir da Câmara de Vereadores, que deve devolver aos cofres municipais uma sobra dos recursos recebidos neste exercício.
A ameaça contra as aposentadorias não é problema de gestão do Fundo de Previdência. É consequência da falta de planejamento da administração municipal. É uma irresponsabilidade sem precedentes, que ameaça os proventos dos aposentados. Essa gente não merece tanto desrespeito!