No início da semana foi celebrado o Dia Mundial da Trombose, cujo objetivo é conscientizar a população acerca da doença. Muitas pessoas possuem o temor com relação à trombose porque têm consciência de que se trata de uma condição séria, mas isso se deve à falta de conhecimento, principalmente em relação aos fatores de risco e tratamentos disponíveis. O doutor Daniel Andre Baldasso, ortopedista, traumatologista e especialista em quadril e próteses da Clínica São Vicente, explica o que é a trombose, com o intuito de sanar as principais dúvidas da população.

“A doença consiste na formação de um coágulo dentro de uma artéria ou veia que, com a interrupção da passagem da circulação do sangue, acaba impedindo a chegada dos nutrientes e do oxigênio aos órgãos e membros”, ilustra.

Segundo o médico, o local mais afetado pela trombose são as veias dos membros inferiores, podendo gerar uma trombose venosa profunda. Também pode ser na veia renal ou hepática, gerando a síndrome de Budd-Chiari. Quando ocorre trombose em uma artéria, compromete importantes órgãos, podendo gerar grandes danos como um acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto do miocárdio (no coração).

“É preciso estar alerta aos fatores de risco, como tabagismo, pouca mobilidade como em casos de sedentarismo ou em viagens, obesidade, idade avançada, cirurgias de grande porte, e algumas medicações. Além disso, a gestação, o uso de anticoncepcionais e hormônios também entram nesse grupo”, informa o médico.

O especialista destaca ainda que é raro a trombose afetar pessoas jovens, mas pode ocorrer em situações envolvendo sedentarismo, uso de hormônios e em pessoas fumantes. A prevenção envolve a minimização dos fatores de risco, onde é necessário cessar o fumo, praticar atividades físicas, não usar medicamentos ou hormônios sem orientação médica, movimentar as pernas durante viagens e buscar tratamento da obesidade.

“Dor intensa, edema na perna, endurecimento da coxa e panturrilhas são os principais sintomas da trombose venosa profunda. Em caso de lesões arteriais haverá dor intensa no órgão afetado (cabeça, peito ou abdômen). O diagnóstico é feito a partir da suspeita do médico pelos sintomas e confirmado com exame de ecodoppler para membros inferiores ou superiores. Lesões arteriais no cérebro são avaliadas com tomografia e infarto do coração com eletrocardiograma e dosagem de enzimas cardíacas”, descreve.

O doutor Daniel menciona que o tratamento é realizado com o uso de anticoagulantes para tromboses venosas, que dissolvem o trombo ao longo de alguns meses, e trombólise para lesões arteriais, quando o atendimento e diagnóstico são rápidos. “É importante procurar atendimento rapidamente na presença de sintomas para evitar sequelas. Uma trombose venosa pode predispor a um coágulo se soltar e se alojar no pulmão, situação bastante grave”, finaliza.

Entenda quais são os fatores de risco que podem causar a trombose
Foto: Divulgação. Doutor Daniel ressalta importância do atendimento rápido para evitar sequelas graves

SERVIÇO

O ortopedista, traumatologista e especialista em quadril e próteses Daniel Andre Baldasso atua com o CRM 34.825, sendo cooperado Unimed na Clínica São Vicente, que está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no centro de Araucária. O telefone/WhatsApp para contato é o (41) 3552-4000.

Edição n.º 1487. Victória Malinowski.