Muitas pessoas acreditam que existem segredos sobre o amor e fórmulas para um relacionamento duradouro. Mas qual seria esse segredo, como cultivar um amor e vivê-lo por tantos anos ao lado da mesma pessoa? Juvenal Nunes de Oliveira, 86 anos, e Ivete Godoy de Oliveira, 81 anos, são o exemplo perfeito de que não existe segredo nem fórmula para um casamento duradouro. Casados há 65 anos, eles vivem com base no que está escrito em I Coríntios 13,7: “(O amor) tudo sofre, tudo crê, tudo espera, e tudo suporta”.

Ele é metalúrgico e ela dona de casa. Residem no bairro Estação desde 1962. O casamento aconteceu no dia 30 de julho de 1960, na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios. O fruto desse amor gerou 6 filhos – Soeli, Sérgio, Célio, Sandro, Suzana e Simone, 15 netos (10 mulheres e 5 homens) e 8 bisnetos (3 meninas e 5 meninos). Segundo o casal, um relacionamento duradouro depende de muito amor, paciência e respeito um pelo outro e de ambos com a família que constituíram juntos. “Esse é o legado que queremos deixar para nossos filhos, netos e bisnetos”, afirmam.

O aniversário de casamento do Juvenal e da Ivete (30 de julho) é sempre uma data especial para a família, e nos últimos anos, todos fazem questão de se reunir para celebrar uma missa com benção ao casal e depois uma confraternização regada a um delicioso churrasco.

“Há 5 anos atrás não pudemos fazer a festa que havíamos programado nos 60 anos de casados devido a pandemia, mas mesmo assim conseguimos organizar para que o Padre viesse em casa e fizesse uma benção especial. Respeitando o isolamento, acompanhamos do lado de fora do muro, na frente da casa. Minha mãe não gostou muito, mas não poderia ser de outra forma”, relata uma das filhas.

Juvenal e Ivete comemoram 65 anos de casados e dão a receita: muito amor e paciência!
Foto: Arquivo da Família. O Casal tem uma família enorme, que está sempre unida.

AMOR À PRIMEIRA VISTA

Juvenal e Ivete se conheceram através do namorado da irmã mais velha dela, que depois tornou-se seu cunhado. Namoraram pelo período de 1 ano, ficaram noivos, e na ocasião do noivado, o pai dela já anunciou a data do casamento. “Um fato curioso do dia do casamento é que os convidados que moravam no interior, vinham todos em cima da carroceria de um caminhão, e após a cerimônia na igreja, ao seguirem para o local da festa, o gaiteiro contratado para animar o casamento também foi na carroceria do caminhão tocando gaita e animando os convidados”, conta a filha.

Ela relembra de outro fato interessante do dia do casamento dos pais. “Era costume que a festa fosse realizada na casa dos pais da noiva. Então uma lona enorme era estendida para cobertura do espaço onde seriam colocadas as mesas e cadeiras para abrigar e servir os convidados. As festas eram sempre muito animadas”.

Como em todo e qualquer relacionamento duradouro, as dificuldades surgidas ao longo dos anos sempre foram superadas com amor e paciência pelo casal Juvenal e Ivete. “Acredito que a maior dificuldade que meus pais tiveram que superar já no 1º ano de casados foi a perda do 1º filho, que morreu no parto. Mas hoje eles são gratos a Deus pela família que formaram”.

Edição n.º 1477.