Os momentos de desespero que viveu ao ver o filhinho Arthur Miguel, de 4 anos, desfalecido no asfalto, após ter sido atropelado, ainda estão nítidos na memória de Engiel.
A criança foi salva graças a ação rápida dos guardas municipais Borba, Taveira, Hinckel e Mota, do pelotão ROMU. Tão logo receberam o chamado via rádio, se deslocaram para atender o acidente e quando se deram conta de que a situação da criança era gravíssima e havia o risco de morte, a pegaram no colo, com todo cuidado por conta de possíveis fraturas, depois quebraram o protocolo e a conduziram de viatura até o hospital.
A situação exigiu que os GMs pensassem rápido, isso porque naquele dia havia a previsão de demora para a chegada do Siate em até 25 minutos e também não tinha ambulâncias disponíveis na cidade. Um tempo de espera que poderia ser crucial para salvar a vida de Arthur. “Se não fosse por eles (GMs), os anjos de farda, meu filho poderia nem estar mais aqui. Eles o salvaram. Serei eternamente grata a tudo que fizeram por nós”, agradeceu a mãe.
Arthur foi atropelado no dia 24 de outubro quando estava indo ao mercado com o tio e uma prima. Por um segundo de descuido, ele soltou a mão deles na faixa de pedestres, porém o semáforo estava aberto e ele acabou sendo atropelado. Segundo testemunhas, com o impacto da batida, o menino foi arremessado por cerca de cinco metros, até cair no asfalto desacordado.
“Quando cheguei no local não conseguia ver sinais vitais no meu filho. O coraçãozinho dele quase não batia. Uma moça que estava no local e tinha um desses aparelhos de escutar o coração teve dificuldades em ouvir os batimentos. Entrei em desespero. Falaram que ele estava em choque. Uma outra mulher que eu nunca tinha visto chegou no local e começou a orar pela vida do Arthur e ele voltou a respirar. Então dois guardas municipais o pegaram, um segurou a cabecinha do Arthur e o outro as pernas, colocaram ele na viatura e correram para o hospital. Chegando lá ele foi entubado e ficou um mês no hospital”, relata a mãe.
Ainda de acordo com ela, o garoto teve traumatismo craniano, e chegaram a dizer que ele poderia ter graves sequelas, poderia não falar e nem andar mais, e que voltaria a ser um bebê. “Continuamos orando pela vida dele e por um milagre meu filho voltou ao normal, teve alta e saiu do hospital andando e falando. Mais uma vez só tenho a agradecer as pessoas que o socorreram, se demorasse um pouco mais pra ele chegar no hospital, não gosto nem de pensar o que poderia ter acontecido”, contou a mãe.
Hoje o pequeno Arthur está em casa, recebendo todo o carinho dos pais Robson e Engiel, ele está sempre sorridente e esbanjando saúde.
Vídeo do reencontro:
Foto: Divulgação
Edição n.º 1390