Que as dancinhas do TikTok e as trends do Reels são um fenômeno, todos já sabem. Porém, o que ainda não é conhecido são os seus impactos a médio e longo prazo, sobretudo em adolescentes, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento
Por isso, além dos cuidados com o uso e excesso de telas de forma geral, é importante que pais e cuidadores estejam atentos para garantir a segurança online e evitar o cyberbullying. “Quando falamos sobre segurança online, infelizmente é comum que muitos pais desconheçam completamente”, alerta a coordenadora de Ensino Médio do Colégio Marista Sagrado Coração de Jesus, Rosangela Dambroski dos Santos.
Ou seja, para garantir mais proteção para o adolescente, os pais podem (e devem) acompanhar tudo de perto. Isso pode ser feito olhando os comentários que o filho faz em outras contas, o tipo das pesquisas que ele busca e o que anda curtindo nas redes sociais. “Hoje, as plataformas já oferecem esse controle, você consegue ver o histórico da conta e ficar mais seguro sobre o conteúdo que está sendo consumido”, orienta a coordenadora.
Entender como funciona
Mesmo que não tenha uma conta no TikTok, é preciso que os pais ao menos compreendam o funcionamento da rede. A plataforma é baseada em vídeos curtos, que vão de 15 segundos a 10 minutos de duração cada. Quando é criada uma conta, o algoritmo analisa o perfil de usuário e passa a oferecer conteúdos personalizados.
Ou seja, em pouco tempo, você só irá receber conteúdos que te interessam, o que estimula o usuário a passar cada vez mais tempo online. Aqui o ponto de atenção é que existem muitos conteúdos inadequados, que envolvem desde violência e bullying até desafios perigosos que colocam a vida em risco.
Portanto, é essencial que os pais acompanhem e orientem o uso, uma vez que adolescentes ainda em formação não têm condições de avaliar possíveis riscos.
Riscos à saúde mental
A maior parte dos usuários do TikTok são jovens, dos quais muitos ficam expostos a todo tipo de conteúdo sem que os pais e cuidadores saibam o que está acontecendo. Porém, se por um lado há a busca pelos likes, por outro, existe o risco do cyberbullying.
O cyberbullying pode levar a quadros graves de ansiedade e depressão, e merece toda a atenção dos adultos. É preciso estar sempre atento a mudanças de comportamento e estabelecer, junto aos filhos, combinados para tornar o uso das redes sociais o mais seguro possível. Limitar os comentários nas postagens, acessar de vez em quando o que o filho está publicando e manter um canal de diálogo é o mais importante.
Além disso, outras iniciativas podem ajudar a saber o que o filho faz na internet, confira:
Acompanhe as tendências
Para estar por dentro do que o seu filho acessa, é preciso se informar sobre os sites, redes sociais e aplicativos mais usados no momento. Assim, fica mais fácil de entender os seus gostos e o que está na moda para conseguir dialogar e orientar sobre o uso seguro.
Mantenha o diálogo aberto
O diálogo em família é fundamental para que as crianças compreendam os riscos que a internet oferece. Para que esse processo seja produtivo, é preciso considerar a idade dos filhos e um tipo de abordagem própria. Acima de tudo, deixe claro que sempre estará aberto para conversar sobre qualquer assunto.
Seja o exemplo
Antes de mais nada, é preciso dar o exemplo de bom uso da internet. Portanto, além de orientar os filhos também é necessário olhar para os seus próprios hábitos de uso. Essa conscientização em família é importante para que os adolescentes compreendam qual é a forma de uso segura.
Use softwares de monitoramento
Uma forma de garantir que os filhos não entrem em sites e conteúdos impróprios é usar softwares de monitoramento. Existem diversas opções, entre os mais conhecidos estão:
- Google Family Link: é possível limitar o uso de cada aplicativo e bloquear alguns deles, monitorando o tempo de uso.
- Qustodio: o software consegue bloquear contatos, limitar o uso dos aparelhos e bloquear conteúdos impróprios.
- Kaspersky Safe Kids: bloqueia o acesso a sites e apps inadequados e tem uma ferramenta que informa sobre postagens em redes sociais.
Edição n.º 1386