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Cerca de 19 milhões de brasileiros passaram fome nos últimos meses de 2020 e mais de 50% dos domicílios enfrentaram algum grau de insegurança alimentar nesse período, de acordo com estudos. Em meio à essa profunda crise, o preço dos alimentos mais básicos, além do preço do combustível, não para de aumentar.
O quilo do feijão, que custava em torno de R$ 4 no início de 2019, atualmente custa R$ 9,50. O litro da gasolina, que custava R$ 4,17 ainda no início deste ano, hoje já tem um preço médio de R$ 5 em Curitiba. O arroz, o óleo de soja, o açúcar e a carne também estão entre os itens que mais aumentaram de preço.
O preço dos alimentos subiu 15% em um ano de pandemia (até março de 2021). Isto é, no momento em que os brasileiros mais sentem os efeitos trágicos da crise do coronavírus, que aumentou o desemprego e reduziu salários, a população também sente no bolso o peso da péssima política econômica de Bolsonaro, que dificultou ainda mais a vida dos mais pobres.
Em um ano de pandemia, a inflação sentida pelas famílias mais carentes foi o dobro da sentida pelas famílias mais ricas, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Essa diferença ocorre porque as famílias mais pobres destinam cerca de 25% do orçamento para a alimentação, enquanto os mais ricos apenas 10%.
Paraná
Em Curitiba, a cesta básica custava R$ 531,27 em 2020 e custa R$ 608,89 em 2021, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Nos cinco primeiros meses deste ano, Curitiba é a capital que apresenta o maior aumento no preço do conjunto de alimentos básicos (12,68%).
Ainda de acordo com os estudos do DIEESE, com base na cesta mais cara, que é a de Porto Alegre (RS), o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.351,11, valor quase cinco vezes maior do que o piso nacional (R$1.100,00). Ou seja, a conta não fecha para os trabalhadores que seguem sendo explorados pelos patrões em meio à pandemia, na maioria das vezes com remunerações que sequer são suficientes para o sustento da família.
“Bolsocaro”
Ao invés de priorizar o interesse da população brasileira, a política econômica do desgoverno Bolsonaro aumentou a miséria com a desvalorização do real. Hoje, os grandes produtores acham mais vantajoso exportar os alimentos, já que vão receber em dólar, do que vender para o próprio país. Com isso, o Brasil tem a necessidade de importar alimentos para vender para a população, que acaba pagando muito mais caro por itens básicos.
O aumento da inflação e do custo de vida, a desvalorização do real e, consequentemente, o aumento da pobreza e insegurança alimentar entre os brasileiros são frutos da política genocida de Bolsonaro e seu ministro da economia Paulo Guedes!
Publicado na edição 1265 – 10/06/2021