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Na semana passada comemorou- se o dia internacional da mulher, data que foi ofi cializada em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa data é fruto de reivindicações exercidas por movimentos sociais desde meados do século XIX, em que houve avanços nos direitos, principalmente das mulheres. Porém, esses direitos colocados no papel não estão legitimando a integridade e muitas estão morrendo por atos de violência…

Este momento deve ser visto para além de um dia de homenagens, é sim, um momento de reflexão e de luta para a equiparação de direitos entre homens e mulheres e contra diversos tipos de violência, em
diferentes contextos sociais, visto que o Brasil ocupa o 5° lugar” ”no ranking mundial de feminicídios. Nesse sentido, problematiza- se: Qual a relação da luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres e a Educação Infantil?

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 205 estabelece que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”. A lei magna nomeia formas concretas de garantir, não só o amparo, mas principalmente a educação das crianças. Desta feita, passa-se do princípio assistencialista para o de direito a uma educação sistematizada. A escola, em parceria com a família, precisa articular uma educação emancipatória junto às crianças, a qual supere essas desigualdades, pois uma formação humana crítica com princípios de valor, moral e ético se inicia na primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil.

Neste contexto, entende-se que é por meio da intencionalidade que há reflexão acerca da educação que respeite o desenvolvimento e os direitos de aprendizagem das crianças, quais sejam: conviver; brincar; participar; explorar; expressar; e conhecer-se. Não estabelecendo diferenças entre meninas e meninos.

Considera-se que os brinquedos e brincadeiras, muitas vezes, reproduzem estereótipos de gênero de forma intrínseca. Esse tipo de educação delimita os papéis sociais que cada gênero deve ocupar na sociedade e reproduzem o quadro de desigualdade avanço em concepções críticas que regem a formação das crianças, tanto pela família quanto pela escola, pois juntos somos mais fortes.

Publicado na edição 1303 – 22/03/2022


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