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Os noivos Danielli e Jhonatan estavam de casamento marcado bem no auge da pandemia e adiaram por duas vezes a cerimônia. Foto: Marco Charneski
O relato dos noivos que adiaram o casamento devido à pandemia
Os noivos Danielli e Jhonatan estavam de casamento marcado bem no auge da pandemia e adiaram por duas vezes a cerimônia. Foto: Marco Charneski

EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO – 131 ANOS

O dia tão sonhado desde o pedido de casamento estava chegando. Os noivos Danielli Wojcik, 23 anos, instrutora técnica do CIEE e Jhonatan Blener Rodrigues Baesso, 28, funcionário público, cuidavam dos últimos preparativos para a cerimônia e do apartamento que iriam morar, após o casamento, no Jardim Iguaçu. A maioria dos 300 convidados já havia recebido o convite e confirmado presença. Mas o dia 20 de junho chegou e o casamento não aconteceu. Um convidado inesperado e muito indesejado, surgiu e frustrou os plano do jovem casal e de tantos outros noivos de Araucária e do mundo todo!

Um mês antes do casamento, ligaram da igreja avisando que a cerimônia só poderia acontecer com os noivos e seus pais, como havia sito determinado pelo decreto do estado. “Bateu um desespero, antes da ligação do frei nós tínhamos esperança de que a pandemia iria passar”, relembra Jhonatan. “A festa também não aconteceria, pois o limite de pessoas liberado para eventos era muito baixo, então nós decidimos adiar o casamento e foi aquela correria para avisar os convidados e negociar com fornecedores”, conta Dani.

Passado o sufoco, o casal se reorganizou e agendou uma nova data: 5 de dezembro, tudo certo com a igreja, com o salão de festas e com os fornecedores. Os convidados avisados. “Um dia após a eleição recebemos outra ligação do frei informando que de acordo com um novo decreto só era permitido cerca de 100 pessoas na igreja”. Mais uma vez a frustração tomou conta do casal, como escolher as 100 pessoas e deixar as demais de fora, sem magoá-las? Eles não podiam sair rifando os convidados, pois todos eram especiais. A solução foi novamente entrar na maratona do cancelamento.

“E lá fomos nós ligar para todos os convidados, todos os fornecedores, foi um processo doloroso, mas tivemos o apoio incondicional um do outro e dos nossos pais”, diz Jhonatan. “Acreditamos que teve a mão de Deus em tudo isso, porque mesmo entre esse número reduzido de convidados, alguém poderia estar contaminado e transmitir aos demais, era algo muito sério a ser considerado”, complementa a noiva. A dificuldade do casal foi achar uma nova data que conciliasse todos os serviços e, segundo eles, até abril estava tudo lotado.

Dani e Jhonatan pensaram em casar no civil, como muitas pessoas sugeriram e adiar a celebração religiosa na igreja católica para depois da pandemia, mas o casal decidiu que iria aguardar, aproveitar um pouco mais a convivência com a família e fortalecer a relação. “O que fica de lição para nós é que não podemos perder a fé e desistir dos nossos sonhos, e mesmo que demore não deixar que nada nos impeça de sermos felizes. Às vezes o caminho se torna mais longo, mas a jornada ajuda a crescer e, no nosso caso, nos fortaleceu ainda mais como casal”, dizem.

O casal relembra que o dia 20 de junho amanheceu com sol e céu azul, e apesar de ser véspera de inverno estava quente. Dani, é claro, chorou, imaginou como estaria sendo o seu dia, a emoção dos seus pais, o sorriso do noivo esperando-a no altar, e foi consolada por ele – que também tivera os mesmos pensamentos. As lágrimas secaram e o casal decidiu sair e aproveitar juntos aquele dia lindo que ainda era deles e para eles. E a nova data escolhida pelos noivos? 12 de junho, Dia dos Namorados, dia de celebrar o amor!

A equipe do O Popular deseja que o casal seja muito feliz e que nos envie fotos do casamento para que possamos compartilhar com os leitores esse dia tão especial.

Texto: Rosana Claudia Alberti

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