Mesmo sob protestos de professores, funcionários e alunos, o projeto de lei “Parceiro da Escola”, que terceiriza a gestão administrativa de 200 colégios públicos do Estado foi sancionado pelo governador Ratinho Junior. A paralisação começou na segunda-feira (03/06), motivada pelo envio do Projeto de Lei 345/2024, que institui o programa, para votação em regime de urgência na Assembleia Legislativa, e pela ausência de resposta do governo e da Secretaria de Educação (Seed) a todos os pedidos de diálogo feitos pelo sindicato.
Após a sanção por parte do governador Ratinho Junior, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), convocou uma assembleia online na noite desta quarta-feira (05), que encerrou por volta das 21h40, onde ficou definido por 60% dos participantes, o encerramento da greve. Ainda na assembleia, a categoria definiu um calendário de atividades para debater a consulta junto à comunidade escolar das instituições que fazem parte da primeira lista de privatizações.
Entre os 200 colégios estaduais que serão atingidos nessa primeira etapa, um deles fica em Araucária, é o Colégio Estadual Vespertino Pimpão, que inclusive já foi palco de protestos por parte da comunidade.
Sobre o “Parceiro da escola”
O projeto prevê a transferência da gestão administrativa e financeira das escolas para a iniciativa privada, porém não detalha como será realizada essa transição. Segundo a APP Sindicato, a privatização vai interferir na gestão pedagógica, já que as empresas privadas trabalham por metas. Outra preocupação do sindicato é que, como a empresa precisa de lucro e taxa administrativa, as escolas fora desse projeto acabarão sucateadas para financiar essa iniciativa.