Reabertura do comércio em Araucária é inaceitável enquanto pandemia avança

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

No último domingo (7), a prefeitura de Araucária anunciou, através de boletim oficial, a primeira morte em decorrência de Covid-19 no município. Além disso, os dados mostram que o número de infectados tem aumentado na cidade, que até terça-feira (9) registrava 120 confirmados e 24 em investigação para coronavírus.

Enquanto a pandemia avança no município, a gestão Hissam, em mais uma clara amostra de descaso com a vida da população, não faz nada para impedir a reabertura dos comércios. A flexibilização do distanciamento social, além de ser completamente incompatível com o combate à Covid-19 neste momento, deixa evidente que para o desgoverno a economia está acima da vida.

Em Curitiba, o desprefeito Rafael Greca incentivou a reabertura dos comércios e aumentou a lista dos serviços ditos “essenciais”. Com bares, lanchonetes, academias, igrejas, parques, lojas e shoppings reabertos, surgiram os flagrantes de aglomerações em vários bairros da capital, o que fez com que o Ministério Público do Paraná mandasse o governo rever a reabertura do comércio.

O resultado foi que, nesta terça-feira (9), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que irá adotar medidas mais rígidas para conter o avanço da pandemia no Paraná, onde os números de infectados são cada vez mais assustadores. A Sesa estuda um novo decreto para fechar, novamente, os estabelecimentos.

Vale lembrar que no dia 26 de maio, dados do Ministério da Saúde apontavam que os casos de coronavírus na região Sul do país (PR, SC e RS) haviam aumentado 86% em meio à flexibilização do isolamento social. E esse foi apenas um dos estudos que apontavam para o erro da reabertura do comércio enquanto a curva ainda é ascendente.

Porém, o governador Ratinho Jr, que é um apoiador do discurso fascista de Jair Bolsonaro, fez a vontade dos empresários e permitiu a volta de diversos serviços que não são essenciais. Ao escolher pela suposta reativação da economia no momento em que as mortes por coronavírus aumentam, o governo também escolheu colocar a vida da população trabalhadora em risco.

Em nenhum país do mundo se vê tamanha banalização da vida, como está sendo visto no Brasil. Já são mais de 38 mil mortos pela Covid-19 (fora a subnotificação) e os poderes de todas as esferas seguem sendo omissos. São essas ações que colocam o Brasil como terceiro país mais afetado pelo coronavírus, com estimativa para que chegue ao segundo lugar ainda nesta semana.

Segundo especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Brasília (UnB), o país é o epicentro da doença na América Latina e nem passou ainda pela fase mais crítica da pandemia. Com isso, fica evidente que a população não pode acreditar no falso discurso de normalidade por partes dos governantes.

O SISMMAR segue em defesa da vida e repudia as ações de governantes que se alinham à política genocida de Bolsonaro!

Publicado na edição 1216 – 11/06/2020

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