Frequentemente lembramos que nossa cidade de Araucária, teve um grande impulso a partir da instalação da Refinaria da Petrobras que trouxe consigo um grande número de indústrias promovendo o progresso tirando nosso título de “cidade agrícola” e passando a ser um Centro Industrial da Região Metropolitana.

Mas, ao deixar de ser uma cidade conhecida pelas suas produções agrícolas, também deixamos de ser uma cidade pacata, tranquila onde praticamente todos seus moradores se conheciam, e onde havia uma grande liberdade e segurança. Já fomos um lugar onde os rios eram limpos, as estradas tranquilas e a população em menor número, o que tornava o ambiente mais amigável. E pode se dizer que esse era o modo que a vida se desenvolvia em nossa cidade. Até parte dos anos 70, nossas ruas eram calmas, ainda maltratadas, sem asfalto, sem água tratada, sem tratamento de esgoto, mas havia segurança como podemos ver nesta foto de 1973, onde uma festa de aniversário infantil se desenvolve na rua e as crianças se divertem despreocupadas e os adultos observam.

Assim era a Rua Bruno Cichon uma das mais antigas ruas do centro de Araucária, que fica a uma quadra à esquerda da Praça Dr. Vicente Machado no sentido subindo a Rua Dr. Victor do Amaral. A diversão das crianças foi para festejar o aniversário de Joselito Bueno, antes da família construir a casa da esquina, residiram nesta casa onde as crianças brincam em frente, e como podemos notar ainda era uma das estradas de chão, antigos postes indicam iluminação precária, nesta rua já havia calçadas em frente das casas, e, assim como outras residências do passado, as janelas e porta abriam direto para a rua, mas algumas casas, vistas nesta foto já possuíam muros. O asfalto e outros benefícios na rua tiveram seu início nos primeiros anos da década de 80 com a implantação do Projeto CURA, que fez várias obras em todo Município.

Atualmente, essa rua do centro está asfaltada, possui excelente conservação e iluminação junto com outros benefícios. No entanto algumas destas casas, incluindo essa que as crianças estão em frente já não existe assim como a residência em madeira seguinte. No entanto, a rua continua calma e tranquila, embora muitas mudanças já tenham ocorrido. As crianças já estão em vidas adultas e seguem como pessoas de grandes responsabilidades, mas, guardam com eles as lembranças de terem sido talvez eles os últimos a aproveitarem os bons tempos de liberdade e segurança em uma das ruas mais antigas do Centro de Araucária.

Texto de responsabilidade de TEREZINHA DE SOUZA POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook.

Edição n.º 1475.