Trabalhadores do setor de saúde da empresa CAP Serviços Médicos, terceirizada que presta serviços à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e à Araucária Nitrogenados (ANSA) estão com seus direitos trabalhistas atrasados. O problema ocorre desde que foram contratados, há quatro meses.

Sobre o assunto, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina relatou que uma assembleia foi realizada no dia 25 de agosto, onde ficou definida a previsão de que os débitos seriam quitados em uma semana, assim como horas extras e adicional noturno. Diante da promessa, a greve que estava marcada para o dia 29 de setembro foi suspensa.

Entretanto, no dia 7 de outubro, os trabalhadores receberam a notícia que seus salários estavam atrasados novamente. Agora, as pendências somam os salários, o vale combustível e o vale-alimentação do mês de setembro.

Por conta disso, os funcionários se reuniram para uma greve de advertência de 48 horas, que finalizou na manhã desta quinta-feira, 9 de outubro.

Também conforme o sindicato, a empresa possui débitos de três meses de FGTS dos empregados que atuam na refinaria. Segundo a entidade, a empresa apresentou comprovantes no final de agosto, mas os valores não foram constatados nas contas individuais dos trabalhadores. Também foi levantado que as verbas rescisórias dos que foram demitidos não foram quitadas no último mês.

Nova assembleia

Nesta quinta-feira, 9 de outubro, uma nova assembleia foi realizada pelos trabalhadores em frente a refinaria. No encontro foi deliberado pela deflagração de uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, 13 de outubro. A terceirizada chegou a pagar parte das pendências que possui com seus empregados, porém não teria dado prazo para colocar em dia todos os benefícios.

ANSA

Ainda segundo o Sindipetro, os trabalhadores da CAP Serviços Médicos, que estão lotados na Araucária Nitrogenados S.A (ANSA), antiga FAFEN, estão enfrentando transtornos semelhantes. Os funcionários atuam no setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e também no setor focado apenas na saúde, como enfermeiros, médicos, socorristas, entre outros.

“A gestão da Fafen-PR tem retido valores dos contratos desde o mês de maio devido a não apresentação de comprovantes de pagamentos, principalmente relacionados às verbas rescisórias. A CAP também não apresentou um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos seus empregados à Fafen-PR, o que também é passível de retenção de valores de contrato”, menciona a nota.

Petrobras

Em contato com a Petrobras, a empresa informou que, no desenvolvimento de suas atividades, realiza a contratação de empresas prestadoras de serviços e não interfere nas relações entre as empresas contratadas, seus trabalhadores e sindicatos. “A companhia reforça que todos seus contratos de serviços estão em conformidade com a legislação vigente e seguem rigorosa fiscalização. A companhia opera de acordo com os mais elevados padrões, prezando sempre pela segurança de seus trabalhadores, de seus ativos e do meio ambiente”.

CAP Serviços Médicos

A reportagem do jornal O Popular tentou contato com a empresa CAP Serviços Médicos, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.