Alertas sobre o câncer de mama não devem ser ignorados pelo público feminino. É o tipo de tumor mais comum entre as mulheres, e em razão disso, as campanhas do Outubro Rosa visam conscientizar o máximo de pessoas possível sobre a doença. O doutor Rodrigo Azevedo Loureiro, cirurgião oncologista e oncologista clínico do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, que também faz parte do corpo clínico na Clínica São Vicente, aborda a importância do diagnóstico precoce desse tipo de câncer.

Antes de tudo, o especialista faz um alerta sobre as estatísticas envolvendo a doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que são mais de 73 mil novos casos por ano no Brasil, considerando o período de 2023 a 2025. “No Paraná, isso se traduz em aproximadamente dez novos diagnósticos por dia, cerca de 3.650 casos anuais. É um cenário que mostra a urgência de nossas ações”, enfatiza.

O doutor Rodrigo destaca o impacto que a pandemia da COVID-19 causou no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama. Segundo ele, entre os anos de 2020 e 2021, ocorreu uma interrupção no rastreamento da doença nas mulheres, causando também dificuldades no acesso de exames e tratamentos. Por conta disso, os índices de mortalidade voltaram a crescer entre os anos de 2022 e 2023.

“Quando o diagnóstico atrasa, o tratamento se torna mais complexo e as chances de cura diminuem, é o preço que pagamos pela interrupção do cuidado preventivo. Estudos robustos demonstram que o rastreamento precoce é a nossa arma mais eficaz, capaz de reduzir a mortalidade em até 30%. O diagnóstico feito no momento certo tem o potencial de salvar metade das vidas que perdemos para essa doença. Investir em informação e acesso a exames é, literalmente, investir em vidas”, destaca.

O especialista reforça que o diagnóstico precoce dá a oportunidade de um tratamento menos agressivo às pacientes, além de aumentar significativamente a chance de cura. As mulheres devem ficar atentas aos sinais de alerta, já que o autoexame é um aliado importante para o início do diagnóstico. Entretanto, o médico salienta que o autoexame não substitui a avaliação de um especialista e a mamografia. Os sintomas do câncer de mama são: nódulo endurecido e indolor; alterações no tamanho ou formato da mama; secreção mamilar com sangue; retração da pele ou do mamilo; e vermelhidão persistente.

“O foco principal é o rastreamento, já que a doença pode ser assintomática nas fases iniciais. Nossa recomendação é clara: a mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos, repetindo a cada dois anos. Mulheres com histórico familiar ou outros fatores de risco devem iniciar o rastreamento mais cedo” finaliza.

Diagnóstico precoce do câncer de mamapode reduzir mortalidade em até 30%
O médico afirma que a doença pode ser assintomática no início

SERVIÇO

O cirurgião oncologista e oncologista clínico Rodrigo Azevedo Loureiro atua com o CRM 26310, sendo cooperado Unimed. Ele atua no Instituto de Oncologia do Paraná – IOP e também atende na Clínica São Vicente, que está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro de Araucária. O telefone/WhatsApp para contato é o (41) 3552-4000.

Edição n.º 1486. Victória Malinowski.