Três horas após ter sido mandada para casa pelo Hospital Municipal de Araucária – HMA, no qual foi atendida, Tainá Siqueira Osga, 20 anos, deu à luz no chuveiro da própria residência. O pai, a avó da criança e o tio da gestante, auxiliaram no parto e chamaram os bombeiros, que não chegaram em tempo de ajudar, mas conduziram a mãe e o bebê ao hospital para que recebessem os cuidados médicos.
A história começou na madrugada de sexta-feira, 12 de maio, por volta das 3 horas, quando Tainá sentiu fortes contrações, viu que estava com alguma dilatação, e como já havia completado 39,5 semanas de gestação, seguiu às pressas para o HMA. Lá foi recebida pela médica que estava de plantão, relatou fortes dores e reclamou das contrações, cada vez mais frequentes. Segundo ela, a médica fez algumas perguntas, verificou a dilatação da paciente, que estava com 3 cm e concluiu que a criança não nasceria naquele momento. Mandou Tainá para casa.
“Eram 3 horas da madrugada quando a médica me mandou de volta pra casa. Como estava com muitas dores, decidi tomar um banho, foi quando as dores pioraram e percebi que meu filho estava querendo nascer. Rapidamente meu marido, minha mãe e meu tio me ajeitaram pra fazer o parto ali mesmo, pois não daria tempo de chegar ao hospital. Às 7h30 o bebê nasceu, pelas mãos dos meus parentes. Meu marido chamou os bombeiros, que levaram eu e o Davi Miguel para o hospital, onde recebemos os cuidados médicos necessários”, relatou.
Tainá está feliz que tudo tenha acabado bem, no entanto, acredita que houve negligência por parte do hospital. “A médica que me atendeu poderia ter visto que o bebê nasceria logo, não custava ter me internado. Eu e o bebê corremos um grande risco. Graças a Deus que tudo acabou bem”, disse.
O Jornal O Popular entrou em contato com o HMA que explicou ter dispensado a paciente porque a dilatação não estava evoluindo como esperado. O HMA disse que na sequência emitirá uma nota dando mais detalhes sobre o ocorrido.
Texto: Maurenn Bernardo / Fotos: Divulgação