Recentemente um veículo Honda City, com placas de Araucária com inicial A e final 0, caracterizado como táxi da Associação do Município, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul na cidade de Água Clara, com 65 tabletes de maconha, que somaram 48 kg da droga.
O carro foi abordado no quilômetro 144 da BR-262 e durante a vistoria a droga foi encontrada nas laterais do veículo. Segundo informações repassadas pelos agentes da PRF, o automóvel era conduzido por Eloi Hening, 52 anos, que apresentou informações contraditórias acerca do que estaria fazendo naquela região.
Perguntado sobre o entorpecente, o motorista declarou que foi contratado para pegar a droga em um shopping de Campo Grande-MS e que seria entregue em Curitiba-PR. Pelo transporte ele receberia o valor de R$ 5 mil. O homem, a droga e o veículo foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil daquela cidade.
O presidente da Rádio Táxi de Araucária, Silvano Limas, esclareceu que, de fato, o carro era daqui. “O dono do carro trabalha também em outro local, então ‘aluga’ o veículo para que ele seja usado no contra turno e aos fins de semana. O Eloi estava trabalhando conosco há aproximadamente 70 dias e quando veio pedir emprego nos apresentou toda a documentação solicitada, como a ficha de antecedentes criminais, curso Táxi Tour, exame médico, entre outros. Estava tudo regulamentado”, contou Limas.
De acordo com ele, o motorista, que foi pego em MS, estava morando em Araucária há 8 meses, mas já tinha trabalhado como taxista em Curitiba e também como motorista de ônibus biarticulado na capital. “Conforme o que ele tinha dito à colegas, ele teria pego uma corrida em que levaria uma mulher ao Mato Grosso do Sul, mas esta informação ainda não está confirmada. Ainda não soubemos de nenhuma mulher que poderia ser a responsável pela droga”, comentou o presidente. Conforme o que ele contou, a corrida não saiu pela associação e o dono do veículo também não teve conhecimento.
“O motorista em questão já foi excluído da Associação e também da Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), nosso órgão regulamentador. Inclusive, nosso jurídico está em contato com o pessoal de MS para fazer a liberação do carro, que permanece apreendido”, esclareceu Limas. Ele comentou que o dono do veículo é uma pessoa idônea e que não imaginava que isto pudesse vir a acontecer, mas que precisa do carro, que está com a documentação em dia, para continuar trabalhando.
O presidente da Rádio Taxi de Araucária fez questão de lembrar que em 30 anos de atividades da associação, nunca houve nenhum caso como este. “Hoje temos quase 100 carros ativos e nunca tivemos nenhum problema como o que aconteceu. Ficamos tristes pelo ocorrido”, lamentou.
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