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Os manifestantes realizaram uma caminhada até a Delegacia central
Familiares e amigos de Agnaldo Tenca realizam manifestação
Os manifestantes realizaram uma caminhada até a Delegacia central

 

A família e amigos de Agnaldo Tenca, o vendedor de enxovais que foi morto a tiros em 4 de junho no bairro Campina da Barra, realizaram uma manifestação na manhã da última segunda-feira, 23 de julho, pedindo por justiça. Os manifestantes saíram do Parque Cachoeira em direção à Delegacia de Araucária. Eles acreditam que o crime foi premeditado e pediam para que o crime não fique impune.

Os familiares questionam a demora nas investigações e que nada está sendo repassado sobre como anda o caso. Por outro lado, a Polícia Civil comentou que as investigações não estão paradas, nem mesmo o caso está esquecido, como nenhum outro de homicídio. “Trabalhamos com fatos, não podemos nos ater a boatos. Ainda, dependemos de provas técnicas que são feitas por outros órgãos. Nosso trabalho é minucioso e sigiloso, não podemos relatar detalhes do que está sendo feito. Isto porque nosso objetivo é elucidar o caso e chegar ao verdadeiro autor e motivação do crime”, informou a DP.

Durante a manifestação, a viúva de Agnaldo comentou que está com medo de trabalhar cobrando antigos clientes do falecido marido. “Antes de ser assassinado, ele estava sendo ameaçado. Apesar de ser muito ‘paizão’, ele sempre foi reservado nos assuntos profissionais e não compartilhava algumas situações para não nos preocupar. Então, a única coisa que eu sabia é que ele vinha recebendo ligações de um homem, supostamente companheiro de uma cliente que ele estava cobrando. O tal homem, que estava preso, dizia que quando saísse da cadeia teria uma conversa de ‘homem para homem’ com o Agnaldo”, contou. Ainda, de acordo com a viúva, o marido não se preocupava com isso e acabava levando tudo na brincadeira. “Ele era um homem muito honesto, íntegro, respeitoso, trabalhador e amigo de todos. Muitos dos clientes viraram até seus amigos”, disse.

A família da vítima comentou que está aguardando a hipnose que seria marcada pela Delegacia de Polícia Civil de Araucária para ajudar a viúva a se recordar das características do atirador, visando a confecção de retrato falado. “Eu sai para ajudar meu marido a trabalhar naquele dia, não para enfrentar bandido. Quando ouvi os tiros e vi o Agnaldo caído no chão, o nervosismo tomou conta de mim”, declarou.

A DP informou que a hipnose, apesar de não constar como prova, pode ajudar nas lembranças da mulher de Agnaldo e que infelizmente a marcação deste tipo de sessão depende de trâmites burocráticos.

Foto: Everson Santos

Publicado na edição 1123 – 26/07/18

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