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OLHAR O OUTRO

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Fico a observar como as pessoas são…
Conheço todas, claro que não… nem as que eu penso conhecer

Alguns saem bem cedo para ganhar o pão de cada dia
Outros preferem escutar o rádio, tomam café e no galopar das horas calçam seus passos

No verão muitos se soltam para aproveitar todo e qualquer raio de sol
Ao invernar embarcam num ficar em casa sem tempo, hibernando
Eu tenho observado…

Nas ruas, correm a pé ou em seus carros
Fogem dos cachorros ou os carregam no colo como se fossem bebês
Abre sinal, fecha sinal!
Celular na mão, fone no ouvido, respiram, andam, riem e choram
As flores estão lá, mas não são vistas

Se está frio, os casacos são pesados
No calor, a camiseta e o chinelo lhes servem
Como objetos, andam de lá para cá sem rumo

Estão loucos, tem suas
casas, o que fazem na rua?
Se há sol queimam-se, se chove molham-se

Para cada passo uma desculpa, para cada desculpa uma saída
Eu os conheço bem!
Quando chegam, abraçam os que amam, beijam, acarinham

Adentram seu espaço como reis e rainhas dominando seus reinos
Estão agora com seus filhos, até alguns netos ou um avô
A solidão fica para o lado de fora

Mas… e a máscara, a roupa suja, o que o vento fez grudar neste andante
A preocupação não há, se não houver compromisso
E o amor? Quem ama cuida!

Estão mal da cabeça?

Querem ganhar a morte?

Todos dizem que querem é ganhar a vida…

Mesmo loucos, CUIDEMO-NOS!

Publicado na edição 1223 – 30/07/2020

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